Julgado, reprovado e condenado no último dia 29 a devolver aos cofres públicos R$ 45,9 milhões, por inúmeras irregularidades na prestação de contas de sua gestão de 2016, o ex-prefeito do Careiro Castanho Hamilton Villar (MDB) pode ver sua situação se agravar mais ainda perante a corte de contas.
É que nesta terça, dia 10, o plenário do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) volta a julgar o ex-prefeito do município que fica a 88 quilômetros de Manaus. O exercício de 2015 de Villar na prefeitura é o que estará em pauta.
Villar, que foi prefeito do Careiro Castanho em três mandatos (2004/tampão, 2005-2008 e 2013-2016), tem seguidas reprovações das contas de suas gestões.
Na de 2016, o relator das contas de Villar, o conselheiro Mário de Mello, apontou pelo menos três dezenas de irregularidades. A principal delas, a não prestação do balanço financeiro desse ano.
O ex-prefeito não atendeu às notificações do TCE e nem mesmo apresentou defesa sobre essa situação de 2016, sendo julgado à revelia.
Colocado em inelegibilidade por essas condenações na corte de contas, Villar também não pode exercer cargos ou funções públicas por cinco anos.
O pleno do TCE, sob a presidência de Yara Lins, será formado pelos conselheiros Júlio Cabral, Júlio Pinheiro, Érico Desterro, Josué Filho, Ari Moutinho Júnior e os auditores Mário Filho, Luiz Henrique e Alípio Filho.
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Condenado à prisão
Preso em 2017 pela Polícia Rodoviária Federal, o ex-prefeito foi condenado a 27 anos e 7 meses de prisão pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) nesse mesmo ano.
A ordem de prisão foi porque ele foi acusado de comandar quadrilha formada por ex-secretários da prefeitura do Careiro e empresários que fraudava licitações e desviava dinheiro público do município.
Ele foi alvo da operação Apagar das Luzes, do Ministério Público do Amazonas (MP-AM).
Villar foi condenado ainda, na mesma sentença, a 13 anos e 10 meses de prisão por fraudes a licitações.
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Foto: Reprodução/Polícia Rodoviária