O uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) está mais restrito a partir de hoje para autoridades. O motivo foi a pressão dos militares, após uso indevido de aeronave por substituto de ministro.
Desta vez, segundo o G1, a gota d’água foi a viagem do então secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santin i, para a Suíça e para Índia. No entanto, a viagem causou contrariedade na cúpula militar do governo.
Na condição de ministro em exercício, Santini viajou em um avião da FAB e, diante da polêmica, acabou demitido do cargo.
O presidente Jair Bolsonaro chegou a reconhecer que o episódio não era ilegal, mas classificou como imoral. As informações são do blog do Gerson Camarotti, do G1.
Pelo novo decreto, não será mais permitido o deslocamento pelas aeronaves da FAB de substitutos de autoridades. Também não vale para autoridades que ocupam o cargo como interino.
Nas palavras de um auxiliar do Planalto, esta regra foi criada justamente pela repercussão negativa do caso Santini . Da mesma forma, não é de hoje que autoridades militares pressionam pelo endurecimento das regras.
Ação de governos
A primeira mudança aconteceu ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. E nesse sentido, houve também restrições no governo Dilma Rousseff.
No governo Michel Temer, em 2016, a assinatura de um decreto determinou que uma aeronave esteja sempre à disposição na capital federal. A partir desse ponto, será possível transportar órgãos doados para transplante.
Além disso, permite também o uso de outros aviões da Aeronáutica lotados por todo o país para esse objetivo.
Desde então, mais de 200 órgãos são transportados por ano para transplante.
Leia mais no blog do Gerson Camarotti/G1
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil – 5/fev/2020