Homenagem do governo ao tenente-coronel da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura mexeu com os sentimentos de mulheres.
De acordo com publicação do O Dia, o grupo quer direito de reposta e contestar a homenagem feita nessa segunda-feira (11).
Para elas, o “Major Curió” foi agente da repressão da ditadura militar e não herói como faz ver a comenda.
Nesse sentido, o pedido de direito de resposta foi encaminhado à Secretaria Especial de Comunicação (Secom ), que classificou como “herói do Brasil”.
De acordo com a história, o militar, de 85 anos, foi um dos agentes de repressão da ditadura militar. Consta também que ele atuou no combate à Guerrilha do Araguaia, no sudoeste paraense, nos anos 1970.
Portanto, assinam o pedido Laura Petit da Silva, Tatiana Merlino , Angela Mendes de Almeida e Maria Amélia de Almeida Teles. Também subscreveram a petição Criméria Alice Schmidt de Almeida e Suzana Lisboa.
Todas elas foram reconhecidas como vítimas ou familiares de vítimas do regime militar pela Comissão Nacional da Verdade, em 2014.
O grupo afirma que o governo brasileiro descumpriu diversos tratados e jurisprudências internacionais. E citaram, como exemplo, a condenação da Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso da Guerrilha do Araguaia.
O órgão, inclusive, foi acionado pelo Instituto Vladimir Herzog na semana passada pela mesma publicação.
“É indignante que um Presidente da República autorize e estimule a comemoração de torturas e mortes perpetradas no Brasil. Isso é um ultraje às vítimas e a democracia no País, além de ser uma vergonha perante a comunidade internacional sem precedentes”, afirmou Laura Petit da Silva.
O grupo de mulheres está sendo representado pelo Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos ( CADHu ).
Veja aqui como foi a instauração do regime militar em 31 de março de 1964.
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Foto: Reprodução/Instagram