Chefe da Secom será investigado pela PF por suspeita de corrupção

Investigação também por suspeita de peculato e advocacia administrativa atende a pedido feito, na semana passada, pelo MPF em Brasília.

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 04/02/2020 às 15:17 | Atualizado em: 04/02/2020 às 15:20

O chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Fabio Wajngarten (foto), será investigado pela Polícia Federal por suspeita de corrupção, peculato e advocacia administrativa. 

 Segundo a reportagem da Folha, a medida atende a pedido feito na semana passada pelo MPF (Ministério Público Federal) em Brasília.

O objetivo é apurar supostas práticas de corrupção passiva, peculato (desvio de recursos por agente público) e advocacia administrativa (patrocínio de interesses privados na administração pública). 

A investigação ficará a cargo da Superintendência da PF em Brasília.  

O caso correrá em sigilo. A solicitação do MPF foi feita a partir de representações apresentadas por diversos cidadãos, com base em reportagens da Folha. 

Como noticiou a Folha, a partir de 15 de janeiro, Wajngarten é sócio de uma empresa, a FW Comunicação, que recebe dinheiro de emissoras de TV, entre elas Record e Band, e de agências contratadas pela própria Secom, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro. 

Na gestão dele, diz a reportagem, as clientes passaram a receber porcentuais maiores da verba de propaganda da secretaria. 

Nesta terça (4), a Folha mostrou que, ao assumir o cargo, o secretário omitiu da Comissão de Ética Pública da Presidência informações sobre as atividades da FW e os negócios mantidos por ela. 

A nova frente de apuração é a primeira de caráter criminal a ser aberta. Em geral, o prazo inicial de inquéritos é de 30 dias. 

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Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado