A Moto Honda da Amazônia anunciou na terça-feira (12) que vai manter a paralisação das atividades produtivas na fábrica em Manaus até 25 de maio.
O motivo é o crescente avanço da pandemia da covid-19.
Assim como a Honda, outras empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) mantiveram suas atividades paralisadas por conta da pandemia.
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Em nota, a empresa destaca que a decisão prioriza a saúde e a segurança das pessoas e está alinhada às iniciativas para conter a disseminação do novo coronavírus no município, que enfrenta sobrecarga no sistema de saúde.
A retomada da produção estava prevista para 18 de maio.
A operação será reiniciada gradualmente com adoção de novos protocolos que visam a garantir a saúde e segurança das pessoas.
A maior parte dos colaboradores segue com contrato de trabalho temporariamente suspenso, nos termos previstos na Medida Provisória 936/2020.
A Moto Honda afirma que reconhece a importância da retomada da produção para a continuidade da operação e de sua ampla cadeia, composta por cerca de 130 fornecedores diretos, centenas de prestadores de serviços e mais de 1.200 pontos de vendas.
Nesse contexto, a empresa está, a cada momento, revisando as suas ações visando a conciliar a segurança e saúde das pessoas com a sustentabilidade dos negócios.
Indústria brasileira retraiu
Sondagem especial feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 91% da indústria brasileira relatam impactos negativos por causa da pandemia da covid-19.
Três quartos (76%) das empresas industriais reduziram ou paralisaram a produção.
Três de cada quatro empresas, novamente 76% dos entrevistados, apontaram queda da demanda por seus produtos, metade desses (38%) observou que a queda foi “intensa”.
Os setores que descreveram a diminuição da demanda foram de vestuário (82%), calçados (79%), móveis (76%), impressão e reprodução (65%) e a indústria têxtil (60%).
Dentre os empresários, 45% reclamaram de inadimplência dos clientes e 44% informaram ter tido encomendas e pedidos cancelados.
Além de queda da demanda, 77% dos empresários identificaram que houve diminuição da oferta de matérias primas e de insumos para a produção – por causa da desorganização da estrutura logística, o sistema de transporte em especial, – o que dificultou acesso a insumos ou matérias primas necessários à produção.
Quase a totalidade dos empresários entrevistados (95%) afirmou ter adotado medidas em relação aos empregados desde campanhas de prevenção, medidas de higiene e afastamento de empregados de grupos de risco ou que apresentaram sintomas.
Metade das empresas deu férias para parte dos empregados, 36% fizeram uso do banco de horas, 19% reduziram a jornada de trabalho, 16% iniciaram férias coletivas, 15% dispensaram os trabalhadores e 8% suspenderam temporariamente os contratos de trabalho.
Foto: Divulgação/Honda