Prefeita de Pauini não presta conta de dinheiro público e é processada
MPF denunciou Eliana Amorim à Justiça porque usou recursos federais para a educação em outros fins, deixando rombo de mais de R$ 2 milhões ao município

Publicado em: 21/05/2020 às 13:37 | Atualizado em: 21/05/2020 às 13:37
Os recursos foram repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Este, portanto, para construção de quadra escolar coberta e de uma creche/pré-escola. Além disso, a prefeita deveria comprar uniforme escolar, materiais para sala de aula e ônibus escolares.
A vigência dos convênios foi encerrada entre 2015 e 2017. Mas o prazo final para a prestação de contas dos recursos recebidos foi agosto e novembro de 2018. Notificada sobre a ausência da prestação de contas ainda em 2018, a prefeita não apresentou, até o momento, os documentos que comprovam a aplicação dos valores.
O MPF esclarece, na ação de improbidade administrativa, que, ainda que os convênios tenham sido executados em gestão anterior, a prestação de contas é dever de quem está à frente da prefeitura. Principalmente quando o prazo para comprovar a aplicação dos recursos se encerra.
Alegação
A prefeita de Pauini, na tentativa de justificar a omissão, apresentou ao Ministério Público alegações genéricas. Tais como a não localização dos documentos necessários à prestação de contas, mais de um ano após a notificação.
O MPF pediu também que Justiça determine, em caráter liminar, o bloqueio de bens da prefeita Eliana Amorim. Este, no valor de R$ 2.007.705,88. A princípio, esse foi o prejuízo causado ao patrimônio público, em valores atualizados. Dessa forma seria para assegurar o ressarcimento do dano, ao final do processo, em caso de condenação.
A ação de improbidade administrativa tramita na 1ª Vara Federal no Amazonas, sob o nº 1008571-77.2020.4.01.3200.
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