Bolsonaro se irrita com pedidos amplos de apoiadores no Alvorada
O presidente da república já ameaçou parar de falar com os apoiadores na saída do Palácio do Alvorada

Publicado em: 31/07/2020 às 12:05 | Atualizado em: 31/07/2020 às 12:05
O presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido) tem ouvido uma série de pedidos, sugestões e reclamações em suas interações diárias no Palácio da Alvorada.
Sobretudo, tratam-se de assuntos como fim do desemprego à cura para o coronavírus. Além disso apoiadores falam também pelo desrespeito a uma patente e pela briga de sócios em uma lotérica.
Alguns dos pedidos incomodam Bolsonaro, que diz que não pode ouvir todos. Dessa forma, ele já ameaçou parar de falar com os apoiadores. Entretanto, até agora, o presidente segue cumprimentando os eleitores e tirando fotos, mesmo que às vezes em tom protocolar.
Na última segunda-feira, por exemplo, primeiro dia após o fim do isolamento forçado pelo coronavírus, Bolsonaro ouviu um dos visitantes dizer que tinha uma receita misteriosa para acabar com o desemprego — algo que ele já havia dito a Bolsonaro em outras oportunidades.
Irritado, o presidente afirmou que se fosse atender todos os apoiadores teria que “montar um escritório” ali.
“Todo dia falando aqui que acabar com desemprego. Não dá para conversar. Se todo mundo que vier aqui quiser falar comigo, vou montar um escritório, botar uma escrivaninha aqui e atender todo mundo”, disse Bolsonaro.
Mesmo durante o isolamento, Bolsonaro seguiu conversando com apoiadores, mas à distância, enquanto acompanha o arriamento diário da bandeira.
Na semana passada, ouviu uma mulher pedir ajudar para reabrir sua lotérica que, segundo ela, está fechada por uma desavença com seu sócio — que também é seu ex-marido. Ela pediu para que o assunto fosse tratado com o presidente da Caixa, mas ouviu uma negativa:
“Minha senhora, é uma briga particular. Não posso encaminhar um caso particular. Se fosse interesse de vários lotéricos, encaminharia”.
Leia mais em O Globo
Foto: Marcos Corrêa/PR
Leia mais
Bolsonaro e Toffoli buscam retirar do MPF poder sobre delações