O vice-presidente da República, Hamilton Mourão defendeu cobrança de taxa de empresas da Zona Franca de Manaus (ZFM). A deputados e senadores, ele disse que essa seria uma forma de obter recursos para financiar o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
A outra ideia seria a criação de um “fundo da biodiversidade”, conforme disse nesta sexta (11). Mourão é também coordenador do Conselho da Amazônia.
Ele participou de debate com deputados e senadores sobre inovação e ambiente de negócios na Amazônia. O evento foi promovido pela frente parlamentar mista da bioeconomia do Congresso.
“Temos que trabalhar com essas fontes de financiamento que eu já mencionei. Seja por meio das taxas das indústrias da ZFM, seja por meio de criar um fundo da biodiversidade”.
De acordo com o vice-presidente, esse fundo seria similar na gestão ao Fundo Amazônia, com representantes do governo, estados e da sociedade civil.
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Fundo Amazônia, um ano inativo
Citado por Mourão como modelo para o novo fundo, o Fundo Amazônia foi criado em 2008, e capta doações para financiar projetos de combate ao desatamento e de uso sustentável da floresta. O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o gestor do fundo.
Por causa de polêmicas criadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o Fundo da Amazônia ficou sem recursos.
Sem nenhum projeto aprovado em 2019, portanto, o fundo deixou de receber recursos por decisão dos principais doadores, Alemanha e Noruega.
Em maio, Mourão disse que recriaria o Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) para estabelecer diretrizes e critérios do fundo.
Em resumo, o Fundo Amazônia está há mais de um ano parado, e sem perspectivas.
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Foto: Romério Cunha/Vice-Presidência da República