Melo tenta reaver mandato um dia antes do TSE poupar Temer

Publicado em: 09/06/2017 às 19:29 | Atualizado em: 09/06/2017 às 19:29

O ex-governador José Melo (Pros), passado um mês da sua cassação, recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta, dia 8, contra a decisão que lhe tirou o mandato e de seu vice, Henrique Oliveira (SD).

A peça recursal de Melo tem mais de 70 páginas e aborda 14 pontos principais.

Entre esses, a de que houve escolha seletiva de determinadas evidências no processo, que só existiram na fase do inquérito policial, não tendo sido sequer judicializadas.

Assim como já fizera desde a denúncia de compra de voto pela chapa derrotada “Renovação e Experiência”, do senador Eduardo Braga (PMDB) e da ex-deputada Rebecca Garcia (PP), a defesa de Melo volta a questionar a legalidade da operação policial que serviu de base ao processo.

Nessa operação, policiais federais infiltrados no comitê de Melo fizeram busca e apreensão.

O recurso de Melo também vai insistir que pedidos feitos por sua defesa para perícias e outras providências não foram considerados pelos magistrados, tanto no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) quanto no TSE.

Melo venceu a eleição de 2014 com uma diferença de mais de 170 mil votos, em segundo turno.

 

Como foi há um mês

No julgamento de 4 de maio, os ministros do TSE não acolheram os recursos ordinários de José Melo e do seu vice Henrique Oliveira em que tentavam refutar ter havido compra de voto no pleito de 2014.

O relatório do ministro Napoleão Nunes Filho foi favorável a Melo, assim como o voto da ministra Luciana Lóssio, que foram vencidos a partir da divergência levantada pelo ministro Luís Roberto Barroso, de que Melo-Henrique deveriam ser cassados e novas eleições, diretas, realizadas.

 

Foto: BNC