Apesar de Guedes, Bolsonaro sonha em esticar auxílio emergencial

Maior fator de aprovação do seu mandato, o auxílio emergencial de R$ 300 que se encerra agora em dezembro ainda está nos planos de Jair Bolsonaro

Mariane Veiga

Publicado em: 24/11/2020 às 09:12 | Atualizado em: 24/11/2020 às 09:12

Apesar de o ministro da Economia, Paulo Guedes, negar que o governo pense nisso, sua equipe estuda como pode prorrogar o auxílio emergencial. É que o país está sob risco de segunda onda do coronavírus (covid-19).

Guedes diz, contudo, se essa segunda onda se confirmar, o governo já sabe quem “realmente precisa” do auxílio.

O principal receio de Bolsonaro para estender o benefício em 2021 é furar o chamado teto de gastos, a regra que proíbe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação.

“Do ponto de vista do governo, não existe prorrogação”, disse Guedes nesta segunda (23).

O governo começou a fazer os pagamentos em maio. Inicialmente, iriam até julho. Depois foram prorrogados uma primeira vez até setembro e, uma segunda vez, até dezembro. No início, o valor era R$ 600, mas passou para R$ 300 nas últimas parcelas.

 

Leia mais

Guedes: país perderá 300 mil empregos, menos do que na recessão

 

Fim do auxílio e o caos

Especialista avalia que o fim do auxílio trará um cenário de depressão econômica, insegurança alimentar e caos nas políticas de assistência social e segurança pública.

A expectativa da equipe econômica é que depois das eleições Bolsonaro anuncie as medidas fiscais em negociação com as lideranças do governo.

Leia mais no Estadão.

 

 

Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República