Vídeo pode afrontar versão de estupro de modelo por senador do TO
Os vídeos mostram a chegada do casal ao Café de La Musique, a casa noturna de São Paulo, onde passaram parte da noite

Diamantino Junior
Publicado em: 29/11/2020 às 11:59 | Atualizado em: 30/11/2020 às 14:35
A modelo que acusa o senador Irajá Silvestre (PSD-TO) de estupro aparece caminhando e utilizando o aparelho de celular instantes antes de ingressar no apartamento em que o abuso teria ocorrido.
As cenas aparecem em vídeos que registram a entrada e saída do casal de uma casa noturna em São Paulo, na noite do último domingo (22) e sua chegada ao flat que é palco da acusação.
A CNN obteve as imagens. Ao prestar queixa, a modelo, de 22 anos, disse que foi dopada, perdeu a consciência e acordou no flat, no Itaim Bibi, já sendo abusada por Irajá.
Os vídeos mostram a chegada do casal ao Café de La Musique, a casa noturna de São Paulo, onde passaram parte da noite. Também é possível ver a saída de Irajá e da modelo da boate.
A investigação também acessou imagens da chegada dos dois ao flat em que o abuso teria acontecido.
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O senador aparece com um copo de bebida na mão, recebe a chave do quarto e, em seguida, o casal sai de mãos dadas.
Na sequência, é possível ver que ambos param diante do elevador com a porta aberta. A modelo, então, aparece mexendo no telefone celular. O senador fica ao lado dela.
O casal fica imóvel por cerca de 40 segundos. Depois, Irajá tenta conduzir a jovem e insiste para que ela entre no elevador.
Os dois entram, e a modelo aparece ainda mexendo no telefone e conversando com o senador. Ela sai em direção ao quarto caminhando sozinha, sem qualquer auxílio, seguindo os passos de Irajá.
Procurados, a jovem e seu advogado não quiseram se manifestar. Pessoas próximas a ela, porém, minimizam o conteúdo dos vídeos.
Dizem que eles não registram o que houve dentro do quarto e, portanto, não fragilizam a acusação de estupro.
Em nota, o advogado de Irajá Silvestre, Daniel Bialski, diz que o resultado do exame de corpo de delito do senador “foi negativo, fulminando de pronto a alegação de que teria havido luta corporal” entre os dois. Ele afirma ainda que versão de que a jovem estaria dopada não condiz com a realidade.
“Todas as imagens requisitadas (…) revelam conduta incompatível com alguém que estaria alegadamente sem a capacidade e discernimento de seus atos”.
Bialski também afirma que o conteúdo do telefone celular da modelo será “peça-chave” para esclarecer o caso – e que a jovem havia se recusado a entregar o aparelho para a polícia.
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Foto: Reprodução/TV Band