Gilmar Mendes manda CNJ apurar conduta do juiz Marcelo Bretas 

Marcelo Bretas se explicou e, após a reclamação do TRF-2, o juiz remeteu, então, o processo para a Justiça de Goiás. 

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 18/12/2020 às 18:43 | Atualizado em: 18/12/2020 às 18:43

O ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apure a conduta do juiz Marcelo Bretas. A ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal foi dada nesta sexta-feira (18).

A decisão do ministro afirma, contudo, que Bretas se recusou a cumprir, por mais de 60 dias, uma ordem sua.

A determinação era, portanto, de enviar à Justiça Eleitoral de Goiás processo que envolve o secretário de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy. 

Gilmar Mendes (foto) determinou que o CNJ analise se houve, na ocasião, eventual infração disciplinar por parte do magistrado. Bretas comanda a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. 

“Determino que seja oficiado ao Conselho Nacional de Justiça (CNI) apuração de eventual responsabilidade funcional do magistrado”, escreveu Gilmar.

 

Crimes

O Ministério Público Federal (MPF) afirma, por seu turno, que Baldy praticou crimes de corrupção passiva, fraude a licitação. Ele é acusado, ainda, de peculato e organização criminosa.

Um dos seus supostos crimes foi, também, a de contratações de organização social atuante na área da saúde no Estado de Goiás.

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Bretas responde

A Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), entretanto, já havia cobrado Bretas nesta semana sobre o cumprimento da ordem.

O magistrado, por sua vez, apontou dificuldades para executar a remessa diante do cenário de pandemia.

Após a reclamação do TRF-2, o juiz remeteu, então, o processo para a Justiça de Goiás. 

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Foto: reprodução/IstoÉ