As sete mortes ocorridas no dia 19 de janeiro, no Hospital Regional de Coari, serão alvo de investigação criminal por parte do Ministério Público do Amazonas (MPAM).
A princípio, todos os óbitos foram de pessoas internadas com covid-19. Além disso, o motivo seria asfixia, decorrente do desabastecimento de oxigênio medicinal na unidade hospitalar de saúde.
Os promotores de Justiça daquela comarca, Rafael da Fonseca e Thiago de Melo, instauraram uma Notícia de Fato. Trata-se, portanto, de um ato extrajudicial do MP que dá início aos procedimentos de investigação.
Ao delegado da Polícia Civil de Coari, o MP expediu pedido de abertura de inquérito policial que deverá apurar as medidas tomadas para atender os pacientes e os fatos que levaram às mortes.
Em documentos já anexados aos autos, a Administração Pública Municipal justificou que o desabastecimento ocorreu devido a um suposto confisco de diversos cilindros de oxigênio, pertencentes ao município, pelo Governo do Amazonas. E ainda, que os outros cilindros não chegaram à cidade em tempo hábil devido a problemas logísticos com um suposto vôo de carga.
O MP já apurou que a Prefeitura de Coari possui uma aeronave de marca Cessna. O avião é adaptado com UTI aérea e que possui porão de carga. Além disso, o custo de aluguel no valor global é de R$ 2.436.00, “avião este que não fora utilizado para a evacuação aeromédica e nem para o transporte de cilindros de oxigênio por motivos ainda não explicados”, diz trecho de portaria de instauração da NF.
Fonte: MP-AM
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Foto: Divulgação