O juiz da 3ª Vara Federal Cível de Manaus (AM), Ricardo Augusto de Sales, decidiu, nesta quarta-feira (3), que o governo federal deve prorrogar o pagamento de auxílio emergencial de duas parcelas R$ 300, nos próximos dois meses.
O objetivo é para tentar conter os efeitos da pandemia do coronavírus (covid-19) no Amazonas.
Conforme reportagem do colunista do UOL, Rubens Valente, o pedido foi feito por defensores públicos federais no estado.
Cabe recurso à decisão, que deverá ser cumprida num prazo de 15 dias.
Na decisão, o magistrado rechaçou o argumento da União de que não há dinheiro para o auxílio emergencial ao mencionar os gastos com alimentos considerados não essenciais, como biscoitos, sucos, refrigerantes e sorvetes, e a política de não tributação sobre determinados “agentes que possuem capacidade contributiva”, o que ocasiona, segundo o juiz, “a renúncia anual de bilhões de reais” em impostos federais.
A ação civil pública foi subscrita pelos defensores públicos federais Ronaldo de Almeida Neto, João Thomas Luchsinger, Renan Vinicius Sotto Mayor de Oliveira, defensor regional de direitos humanos, e Raphael Caio Magalhães.
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Fique em casa
Os defensores entendem que o pagamento do auxílio poderia fazer com que mais trabalhadores fiquem em casa, fazendo diminuir a circulação do vírus.
Além disso, medidas emergenciais e temporárias de restrição de comércio não essencial já tomadas ou a serem tomadas por autoridades municipais e estaduais poderiam ser melhor aceitas pela população.
Em petição no processo, a AGU (Advocacia Geral da União ) afirma que o auxílio emergencial foi pago, até o final do ano passado, a cerca de 734 mil pessoas no Amazonas.
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Foto: Agência Brasil