Coquetel de remédios previne 81% de infecção da covid, diz estudo

A pesquisa demonstrou in vitro reter sua potência contra variantes como as identificadas inicialmente em Manaus e no Reino Unido

Coquetel de remédios previne 81% de infecção da covid, diz estudo

Ednilson Maciel, da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 12/04/2021 às 16:16 | Atualizado em: 12/04/2021 às 16:16

Um coquetel para reduzir as possibilidades de contrair a covid-19 está na fase 3 dos resultados. A empresa norte-americana Regeneron Pharmaceuticals divulgou hoje (12) o estudo.

A pesquisa, desenvolvida em parceria com a suíça Roche, utiliza a combinação dos medicamentos (chamados anticorpos monoclonais) Casirivimab e Imdevima.

Com isso, o objetivo é para evitar casos sintomáticos entre contactantes que moram na mesma residência que pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus. Conformo o site Metrópoles.

Segundo o laboratório, uma dose da combinação (chamada Regen-Cov) administrada por injeção subcutânea pode reduzir em 81% o risco de a pessoa desenvolver um caso sintomático da ovid-19.

Os demais participantes do estudo tiveram sintomas leves e com permanência menor, por até cerca de uma semana ante as cerca de três semanas de sintomas identificadas em quem recebeu o placebo.

Leia mais

Oxford avalia remédio contra covid-19 que evitaria intubação

Especialista já prevê data para terceira onda da covid em Manaus

Manaus e Reino Unido

De acordo com o médico Myron Cohen, que lidera o estudo e é diretor do Instituto de Saúde Global e Doenças Infecciosas da Universidade da Carolina da Norte, em comunicado divulgado pela Regeneron, sses dados sugerem que o Regen-Cov pode complementar estratégias de vacinação, particularmente para aqueles com alto risco de infecção.

“É importante ressaltar que, até o momento, Regen-Cov demonstrou in vitro reter sua potência contra variantes emergentes de preocupação (as “variants of concern”, como as identificadas inicialmente em Manaus e no Reino Unido, por exemplo)”, disse

“Se autorizada, a administração subcutânea conveniente de Regen-Cov pode ajudar a controlar surtos em ambientes de alto risco, nos quais os indivíduos ainda não foram vacinados, incluindo famílias e ambientes de vida em grupo”, completou.

Pesquisa

O estudo foi feito com uma amostra de 1.505 pessoas não infectadas pelo novo coronavírus, que não tinham anticorpos para a doença e viviam na mesma residência que alguém que teve covid-19 nos quatro dias anteriores.

 Realizado em conjunto com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID na sigla em inglês), foi duplo-cego, com administração de placebo para parte dos envolvidos.

Do total dos participantes, 31% tinham ao menos um fator de risco para a doença.

Além disso, 33% eram obesos e 38% estavam com 50 anos ou mais. A média de idade foi de 44 anos, embora o estudo tenha reunido desde pré-adolescentes com 12 anos a idosos com 92 anos.

Leia mais sobre o assunto no Metrópoles.

Foto: Fiocruz/Arquivo