Dobadrinha amazonense Aziz e Braga para CPI da covid se confirma
Além do ambiente político favorável, há uma pressão natural e de origem que faz Braga e Aziz reivindicarem destaque na CPI

Neuton Corrêa, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 16/04/2021 às 05:00 | Atualizado em: 16/04/2021 às 12:01
Os nomes dos senadores do Amazonas Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) já são dados como certo para ocupar as funções mais importantes da CPI da covid, criada nesta semana.
Aziz pode se confirmar presidente da comissão e Braga, relator.
Eles já vinham se articulando para isso bem antes dos desdobramentos desta quinta.
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Ontem, Aziz cresceu na cotação para liderar a CPI da covid com o receio do Planalto de ver o senador Renan Calheiros (MDB-AL) no controle do colegiado.
O alagoano tinha o apoio de seu partido e da oposição, maioria entre os indicados.
Depois de Renan, a segunda opção era Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do pedido de investigação.
Mas, a base do governo Bolsonaro no Senado entendeu que o amapaense seria pior que Calheiros.
Eles consideravam o quadro agravado principalmente depois que o presidente Jair Bolsonaro ameaçou agredir o parlamentar por causa das investigações.
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Com esse cenário, o governo avaliou que “menos pior” para Bolsonaro seria aceitar Aziz.
Contudo, o parlamentar amazonense tem sido um dos mais críticos da conduta do governo na pandemia.
Relatoria
Já o posto de relator de Braga poderá sair por indicação de Aziz, como presidente da CPI.
É que, pelas regras do Senado, cabe ao presidente fazer a indicação.
Todavia, Calheiros tem a maioria dos dos votos dos membros do colegiado e, caso seja preterido por Aziz, pode reivindicar o posto de presidente.
Assim sendo, caberá aos senadores do Amazonas habilidade política para confirmar as duas cadeiras do comando das investigações.
Pressão
Além do ambiente político, há uma pressão natural e de origem da CPI.
É que a investigação tem como ponto de partida a denunciada omissão de Bolsonaro e seu ministro da Saúde na falta de oxigênio no Amazonas. Como resultado, várias pacientes morreram no estado em janeiro passado.
Foto: Divulgação/Agência Senado