Cinco ex-assessores do presidente Jair Bolsonaro, quando ele era deputado federal, receberam R$ 167 mil em auxílio. Isso ocorreu enquanto estiveram nomeados na Câmara. Além disso, eles são investigados pelo Ministério Público do Rio sob suspeita de serem “fantasmas”.
A princípio, esses funcionários tiveram sigilo quebrado na investigação contra o senador e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Conforme reportagem do Estadão, os dados obtidos apontaram prática de “rachadinha” no gabinete de Bolsonaro.
Em dois casos, os valores equivalentes aos auxílios eram os únicos que permaneciam nas contas dos assessores. Todo o restante depositado pela Câmara era sacado em caixas eletrônicos. Em suma, a prática é considerada indício da “rachadinha”, a devolução dos salários para o político que os nomeou.
Da mesma forma ocorre recai a suspeita sobre os cinco na investigação contra Flávio. O senador já foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e apropriação indébita pelo MP. No entanto, os desvios teriam acontecido quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro.
Em março, o portal UOL mostrou que Fernando Nascimento Pessoa, Nelson Alves Rabello, Jaci dos Santos e Daniel Medeiros da Silva sacaram 72% do que receberam do gabinete de Bolsonaro. Já Nathália Queiroz transferiu 65% para o pai, o suposto operador do esquema de Flávio, Fabrício Queiroz. Esses são respectivamente os cinco ex-assessores de Bolsonaro.
Resposta
O Palácio do Planalto não respondeu se gostaria de comentar as informações. Fernando Nascimento Pessoa também não deu retorno ao pedido de posicionamento.
O advogado da família Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, alegou que Nathália exercia a função para a qual estava nomeada e que seus benefícios eram legítimos. “Nossa manifestação é no sentido da regularidade do recebimento de todas as vantagens decorrentes do efetivo exercício do cargo público.”
O Estadão não conseguiu localizar Daniel Medeiros da Silva, Nelson Alves Rabello e Jaci dos Santos.
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Encontrados indícios de ‘rachadinha’ também no gabinete de Bolsonaro, o pai
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