O governo federal vem recebendo alertas sobre a chegada de uma nova onda da pandemia de Covid-19 de secretários de estados e municípios.
Segundo gestores do SUS que participam das discussões, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirma ter preocupação sobre o cenário da crise sanitária.
Contudo, publicamente minimiza o risco de alta no curto prazo. Segundo o Yahoo notícias.
Por isso, em documentos internos, a Saúde reconhece que é incerta a evolução da doença.
“Não estamos vislumbrando isso nesse momento. A maneira adequada de se evitar terceira onda é avançar na campanha de vacinação”, disse o ministro nesta sexta-feira (21).
Ele afirmou que alguns estados e municípios já notaram “pressão sobre o sistema de saúde”. “Isso se reflete pela abertura que foi concedida nesses estados.”
Alta da doença
Presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e secretário no Maranhão, Carlos Lula afirma que alertou Queiroga, nesta semana, sobre possível alta da doença.
Nesse sentido, para Lula, o recrudescimento da pandemia pode ser superior aos anteriores. “A gente já parte de um patamar muito alto”, disse o secretário.
Segundo ele, o SUS não tem estoque suficiente de insumos essenciais, como kits de intubação, e está perto do limite da expansão de leitos.
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Nova onda
Ontem (21), o Brasil registrou 2.136 mortes pela doença e 77.598 novos casos, totalizando 446.527 óbitos e 15.976.156 pessoas infectadas durante a crise sanitária.
A média móvel de mortes ficou em 1.963 óbitos por dia nesta sexta, abaixo de 2.000 pelo 11º dia consecutivo. Há 120 dias a média está acima de mil óbitos diários.
A área técnica da pasta afirmou ao Ministério da Economia, no dia 13 de maio, que o “cenário da pandemia no Brasil é caracterizado pelo recrudescimento da doença”.
Além disso, defendeu que fossem mantidas as reduções de custos para importação de insumos e medicamentos para evitar desabastecimento.
Por exemplo, em abril, a Saúde disse à equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) que a crise era grave e havia incertezas sobre a demanda futura por leitos e medicamentos.
Desse modo, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), esteve com Queiroga, no fim de abril, para tratar de uma possível nova onda no estado, tido como bússola da evolução da doença no resto do país.
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Foto: Divulgação/Agência Brasil