O senador Ciro Nogueira (PP-PI), investigado em três inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal (STF), será ministro do governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele foi convidado e aceitou ser chefe da Casa Civil.
Dos três inquéritos, o Ministério Público Federal (MPF) já ofereceu denúncia de dois, mas ainda não foram aceitos pela corte.
Segundo a reportagem do Correio Braziliense, as investigações correm no âmbito da Lava-Jato e Ciro Nogueira é acusado de receber e pagar propina.
Em março deste ano, o ministro Edson Fachin determinou o arquivamento parcial do inquérito 4.631, em relação ao senador Ciro Nogueira e aos deputados federais Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Eduardo Henrique da Fonte (PP-PE). Eles eram investigados por corrupção passiva, corrupção ativa, evasão de divisas e lavagem de capitais.
No entanto, o senador ainda é alvo de acusações no tribunal. No inquérito 4.720, Ciro Nogueira é acusado de obstrução de Justiça por supostamente tentar impedir o avanço de diligências sobre uma organização criminosa.
Ameaças
Na ação, a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que Ciro Nogueira e Eduardo da Fonte, ameaçaram, deram dinheiro, prometeram cargos e pagaram despesas pessoais a José Expedido, que é testemunha em outro inquérito que envolve os parlamentares e um ex-assessor de Ciro.
As vantagens teriam sido pagas, assim como feitas as ameaças, para que Expedido mudasse um depoimento que prestou à Polícia Federal em 2016.
Ciro é acusado pelo Ministério Público Federal de pedir, em 2014, R$ 2 milhões a Ricardo Pessoa, então dono da construtora UTC.
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Foto: Pedro França/Agência Senado