‘Brinquedos’ neocubes são perigo às crianças, alerta Inmetro

Vendidas no comércio eletrônico, bolinhas terapêuticas de ímãs coloridos podem causar acidentes graves.

18/07/2023 13:22

Após relatos de acidentes graves com crianças, circulando nas redes sociais, o Inmetro decidiu fazer um alerta a pais e responsáveis. Isso porque os neocubes à venda no comércio eletrônico não são brinquedos e podem causar grande perigo.

De acordo com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, o produto não consta da portaria 302/2021. Portanto, não se enquadra como brinquedo.

“Não só os imãs podem ser soltos, como os produtos possuem partes pequenas e perigosas, sob o risco de ingestão. Daí, um alerta especial a pais e responsáveis para que não permita o uso por crianças, principalmente sem supervisão”, alerta o presidente do Inmetro, Márcio André Brito.

Conhecidas também como bucky balls, neo balls ou cubo magnético, as bolinhas de imãs coloridas antistress são negociadas em no mercado como brinquedos.

Porém, tais produtos não têm regulamentação do Inmetro.

Ao contrário dos artigos infantis, que devem ter o selo de identificação e a indicação de faixa etária na embalagem, as “bolinhas” não passam por qualquer controle de segurança para uso por crianças.

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O que são

A composição dos neocubes são de pequenas esferas coloridas de ímãs de neodímio de aproximadamente 5 milímetros, que juntas formam cubos, dados e outros formatos, com indicação para uso terapêutico.

Contudo, sua comercialização ocorre muitas vezes em seções de brinquedos, trazendo riscos às crianças, que podem engolir ou inalar os componentes, que são pequenos e têm alta força magnética.

Recalls

“Em virtudes dos fatos, no mercado internacional como Europa, Estados Unidos e Austrália, o produto passou por diversos recalls, pois essas bolinhas têm alto poder magnético: quando engolidas podem grudar no intestino, podendo causar obstrução, infecção, perfuração e a morte”, esclareceu Márcio Brito.

Notificações

Diante disso, o Inmetro notificou os comércios eletrônicos, com o objetivo de coibir a comercialização destes produtos e similares com menção a um produto infantil.

Assim como, o instituto vai intensificar ações de vigilância sobre a venda de produtos e similares no comércio eletrônico.

Fotos/divulgação