TSE derruba direitos de resposta a Bolsonaro na TV hoje, a pedido de Lula

As inserções seriam exibidas ainda hoje, último dia das propagandas eleitorais nas emissoras

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Mariane Veiga

Publicado em: 28/10/2022 às 14:55 | Atualizado em: 28/10/2022 às 15:20

O plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) atendeu hoje a um recurso da campanha do ex-presidente Lula da Silva (PT) e suspendeu quatro decisões liminares (temporárias) da ministra Isabel Gallotti que concediam direitos de resposta à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) na televisão.

As inserções seriam exibidas ainda hoje, último dia das propagandas eleitorais nas emissoras.

A decisão do plenário será analisada de forma definitiva ainda nesta sexta-feira, às 19h, em uma sessão extraordinária que pode, em tese, devolver o direito de resposta a Bolsonaro. A defesa do presidente deverá se manifestar nos processos até lá.

Ontem (27), Gallotti concedeu direito de resposta a Bolsonaro na televisão e na rádio por inserções da campanha petista que associavam a fala do presidente sobre “armar todo mundo” a crimes violentos com armas, como troca de tiros e violência doméstica.

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Gallotti considerou que as imagens foram descontextualizadas da fala original de Bolsonaro, que defendia sua política armamentista.

Segundo ela, as cenas exibidas eram “grotescas”, com crianças matando outras e tiroteio entre bandidos.

“Na parte da TV, a glosa foi maior em razão das imagens chocantes de pessoas se matando dentro de casa, crimes, tiroteio entre bandidos”, disse a ministra.

Ela foi acompanhada pelos ministros Sérgio Banhos e Carlos Horbach, mas terminaram derrotados em relação aos direitos de resposta na televisão.

A divergência foi aberta pelo ministro Ricardo Lewandowski. Para ele o direito de resposta é viável somente quando for possível extrair das informações “fatos sabidamente inverídicos”, o que não seria o caso.

O ministro foi acompanhado por Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves e Alexandre de Moraes.

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Foto: Reprodução/Agência Brasil