O Google anunciou que a partir do dia 1º de maio de 2024 vetará o impulsionamento de propaganda eleitoral em sua plataforma.
A decisão foi motivada pela impossibilidade de cumprir todas as exigências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determinou às Big Techs a criação de um painel para monitoramento de todos os anúncios.
Embora o painel já exista, a ampliação requerida pelo TSE representaria um custo significativo para as empresas e poderia resultar em punições no caso de não cumprimento integral das ordens do Tribunal.
Com essa medida, nenhum conteúdo de candidatos poderá ser impulsionado no Google Ads, plataforma que permite a criação de anúncios para o buscador e empresas do grupo, como o Youtube.
Em comunicado divulgado pelo Poder360 nesta quarta-feira (24/4), o Google afirmou seu compromisso global em apoiar a integridade das eleições, mas ressaltou a necessidade de atualizar sua política de conteúdo político para o Brasil em conformidade com as resoluções eleitorais de 2024.
A resolução 23.732/24 do TSE estabelece que as Big Techs devem manter um repositório de todos os anúncios eleitorais, permitindo o acompanhamento em tempo real do conteúdo, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que compõem a audiência.
Além disso, devem disponibilizar uma ferramenta de consulta acessível e de fácil manejo para buscar dados no repositório.
A ampliação do escopo sobre o que deve ser monitorado levanta preocupações quanto ao cumprimento integral da determinação e possíveis acusações de negligência por parte das empresas.
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A Gazeta do Povo entrou em contato com o escritório do Google no Brasil em busca de mais informações e aguarda retorno.
A nova política do Google reflete a crescente atenção das autoridades eleitorais à propaganda política on-line e seu monitoramento, visando garantir a transparência e a integridade dos processos eleitorais.
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