“Alckmin, jamais!”, diz Arthur Neto à espera de Marina Silva

Arthur

Neuton Correa

Publicado em: 28/09/2018 às 07:21 | Atualizado em: 28/09/2018 às 08:14

Por Neuton Corrêa, da redação

 

Ao confirmar ontem à noite sua declaração de apoio à candidata à Presidência da República Marina Silva (Rede Sustentabilidade), o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), eliminou de vez a hipótese de fazer palanque para seu colega de partido, Geraldo Alckmin, nesta eleição.

“Alckmin, jamais!”, disse o tucano, ao ser abordado pelo BNC Amazonas.

Depois disso, Arthur abriu uma sequência de adjetivos a favor de Marina, ressaltando que é um gesto no meio da histeria entre os candidatos Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).

“Ela é minha amiga, é decente, é correta no econômico, sensível no social, positiva e leal, além de grande amiga minha. Farei o gesto em meio a essa histeria de Haddad e Bolsonaro”, disse ele.

Em julho, no contexto das discussões sobre o decreto do governo Temer que atingiu o polo de concentrados da Zona Franca de Manaus (ZFM), Arthur Neto ainda abria possibilidade de pedir votos para Alckmin.

Sinalizou isso, ao dizer: “Se [ele] se comprometer com a Zona Franca pra valer, com conhecimento de causa, compromisso efetivo. Se ele fizer isso, ele me terá a favor dele”. 

Antes disso, porém, Arthur já dava sinais de que faria campanha contra Alckmin nestas eleições.

Tanto que, no início de maio, aproveitou a vinda do então pré-candidato à Presidência pelo DEM Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, para dizer que daria a chave da cidade para o presidenciável.

Além das questões que envolvem a ZFM, Arthur e Alckmin têm diferenças partidárias.

O político amazonense, por exemplo, tentou provocar prévias no PSDB para a escolha do candidato à Presidência da República; Alckmin eliminou a proposta, sem discuti-la como Arthur queria. O tucano amazonense pensava em disputar a indicação do partido para a eleição presidencial.

 

Votação no Amazonas

Do jeito que as coisas vão para a campanha presidencial no Amazonas, Alckmin poderá ter o mesmo ou desempenho pior do que teve em 2006.

Naquela eleição, no segundo turno, Lula teve quase 87% dos votos, enquanto Alckmin ficou com 13%.

 

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Foto: BNC Amazonas