“Não vamos sair sozinhos”, diz Sinésio no dia do “eu coligo”

O presidente estadual do PT, Sinésio Campos, fez uma declaração ao BNC Amazonas cujo teor pode ser parafraseado com o Dia do Fico, de Dom Pedro I, e endereçado a outros partidos de esquerda que vez ou outra caminharam juntos no estado: PSB e PCdoB. Provocado a falar sobre o rumo que o partido tomará nestas […]

31/07/2018 07:45

O presidente estadual do PT, Sinésio Campos, fez uma declaração ao BNC Amazonas cujo teor pode ser parafraseado com o Dia do Fico, de Dom Pedro I, e endereçado a outros partidos de esquerda que vez ou outra caminharam juntos no estado: PSB e PCdoB.

Provocado a falar sobre o rumo que o partido tomará nestas eleições, o líder petista respondeu:

“A certeza é essa: não vamos sair sozinhos. Vamos coligar”.

A frase de Sinésio, que lança um alívio na angústia que toma conta dos pré-candidatos dessa corrente política, dá a certeza de que o cenário nacional de indefinição envolvendo PT, PSB e PCdoB não é o mesmo para o Amazonas.

Isso porque os três partidos, que ensaiaram tomar rumos diferentes, ficaram em uma sinuca de bico e estão obrigados a decidir se morrem só ou se unem como estratégia de sobrevivência.

Para o PT, por exemplo, ficar só significa correr risco de perdeu as duas cadeiras que tem hoje no parlamento estadual, inclusive a de Sinésio, ou até mesmo ter extinta sua representação na Assembleia Legislativa (ALE-AM).

E mais: corre o risco, novamente, de fazer o mais votado do pleito a deputado federal e não ter legenda para conquistar a vaga.

Em 1988, o petista Ricardo Moraes foi o mais votado daquela eleição, mas ficou fora da Câmara Municipal de Manaus.

Comunistas acéfalos

O PCdoB, por sua vez, há muito conta com o PT. Precisa do partido porque sem ele sua chance de reeleição ficaria nula, já que não tem um cabeça de chapa.

O PSB também sofre do mesmo drama. Tem candidato competitivo, David Almeida, que foi definhando politicamente do ano passado até agora, perdendo aliados importantes, como, por exemplo, Rebecca Garcia, que virou vice de Amazonino Mendes, levando o PP para o PDT, ainda em março.

Nesse caso, vê-se que, enquanto um tem corpo e não tem cabeça, outro tem cabeça e não tem corpo.

Juntos, podem resolver suas angústias.

Foto: BNC Amazonas