Se comparado as últimas eleições municipais, Manaus manteve no mesmo patamar o registro de eleitores analfabetos. Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indicam que estão aptos a votar nas próximas eleições na capital 11.782 analfabetos ou 0,88% dos 1.331.613 eleitores.
Em 2016, eram 11.004 eleitores nessa condição o que também representava 0,88% dos 1.257.129 votantes.
Os eleitores analfabetos no Amazonas são 140.194 ou 5,60% dos 2.503.269 sufragistas. Nas eleições de 2016, em todo o Estado eram 140.345 que se declararam analfabetos ou 6,05% dos 2.320.326 votantes.
Na capital, o grau de instrução dos eleitores também se manteve estável. A maioria deles 492.452 (36,98%) possui ensino médio completo, seguidos dos 219.199 (16,46%) que têm ensino fundamental incompleto.
173.038 têm ensino superior completo (12,99%) e 132.409 (9,94%) incompleto. Declararam-se com ensino fundamental completo 68.190 (5,12%) e os que sabem ler e escrever 31.012 (2,33%).
A situação de Manaus é bem diferente da vizinha Belém (PA), que está logo atrás da capital amazonense em número de eleitores.
Estão aptos a votar naquela cidade 7.275 eleitores analfabetos ou 0,72% dos 1.009.731 votantes.
Em comparação as eleições de 2016, houve naquela capital uma redução do número de analfabetos na ordem de 50%.
Na última eleição municipal naquela capital eram 15.293 (1,47%) de analfabetos num contingente eleitoral de 1.043.219 eleitores.
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TSE apoia projeto
O TSE está incentivando projetos que reduzam o número de analfabetos no pleito. Um deles é o Projeto ABC da Cidadania, desenvolvido pelo TRE (Tribunal Regional Federal) do Amapá.
Naquele estado, são 17.308 eleitores analfabetos ou 3,71% do eleitorado, a maioria homens negros ou pardos acima de 60 anos.
A meta é reduzir em pelo menos 50% o índice do eleitorado analfabeto. A Justiça Eleitoral vai investir R$ 3 milhões para contratar alfabetizadores e coordenadores.
Os alfabetizadores serão estudantes de Pedagogia, Letras e Sociologia, entre outras graduações, que darão aulas no contraturno de suas atividades.
No final, eles receberão diplomas e os alfabetizados um novo título de eleitor, no qual será retirada a ressalva “Não Alfabetizado”.
Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil