Em audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), na tarde ontem (22), o Amazonas avança em discussão para melhorar o transporte de embarcações no estado.
Nesse sentido, os setores da navegação do estado foram ouvidos quanto as reivindicações para a regulamentação do transporte hidroviário no Estado e o Projeto de Lei enviado pelo Poder Executivo para a Casa Legislativa.
O debate foi promovido pelo presidente do Poder Legislativo, deputado Roberto Cidade e os parlamentares Adjuto Afonso e Felipe Souza.
De acordo com Cidade, o objetivo é discutir a melhor forma de atender os anseios tantos dos trabalhadores, empresários e passageiros, bem como, a oferta de um serviço de qualidade e avançar.
“Essa é a segunda audiência pública sobre esse tema e nós temos a intenção de discutir bastante, mas avançar porque nós já estamos com esse problema há muito tempo”, pontuou Cidade.
O deputado Adjuto Afonso reforçou a problemática do transporte hidroviário, assim como a importância da discussão para as melhorias necessárias para o setor.
“Até hoje não sabe por que o Amazonas que tem o maior rio do mundo, até hoje, não tem uma regulamentação regulamentada, a gente vai nos estados vizinhos aqui do Norte e todos tem uma navegação regulamentada”, disse.
“Nossas rodovias são os nossos rios, por isso precisamos criar uma norma segura que facilite a vida e mude a realidade de quem se utiliza desse modal. A Amazonastur está inteiramente à disposição para contribuir com tudo que envolve essa pauta, tendo em vista que o transporte fluvial também é o que impulsiona o turismo em nosso estado”, destacou o presidente a Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), representada pelo presidente Sérgio Litaiff Filho.
Projeto
Adjuto ressaltou ainda a importância de aprimorar o projeto com emendas oriundas dos usuários. De forma que seja um projeto que coloque a disposição dos passageiros, das cargas e todos que vão utilizar o modal.
Entre os participantes, a Presidente da Associação dos Navegantes do Estado do Amazonas , Raiugila Torres, chamou a atenção para a questão da readequação dos empresários, para a mudança, por exemplo dos barcos de madeira para embarcações de ferro ou aço.
“Se tivéssemos financiamento conseguiríamos mudar os barcos em onze meses. Continuamos há mais de 20 anos com o mesmo problema, falta de infraestrutura portuária”, desabafou.
De acordo com o presidente da Amazonastur, o assunto é de grande interesse para o turismo, uma vez que os rios do Amazonas possuem forte apelo turístico.
Participantes
Participaram da audiência, além dos autores, o deputado Sinésio Campos (PT), que já tem uma proposta de emenda ao PL, o deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicano), o Presidente da ARSEPAM, João Rufino Junior, o Diretor- Presidente da CNPH Jorge de Almeida Barroso, Paulo Roberto- Capitão de Mar e Guerra representando o vice-presidente Ralf Dias, do 9º Distrito Naval, o Presidente da AmazonasTur, Sergio Litaif Filho e o representando o BASA, Mário Henrique Caetano.
Assim como, a audiência pública contou com a presença de órgãos reguladores, prefeitos e vereadores de municípios do Amazonas, sindicatos, associações e empresários de embarcações como a representante da Associação dos Navegantes do Estado do Amazonas (Anamazom), Railgila Torres.
“Nós transportamos turistas, eles ficam encantados com o rio, mas nossa prestação de serviços não consegue ser de qualidade por conta dos desgastes. Precisamos de incentivo, linhas de crédito acessível para podermos investir nas nossas embarcações com garantia de viabilidade econômica. Nossas embarcações navegam até o Alto Solimões, em Tabatinga, onde o turismo é forte. Temos muito potencial, mas precisamos regulamentar o transporte fluvial”, ressaltou Torres.
Foto: Evandro Seixas