Amazonas: deputado quer impedir pulverização aérea de agrotóxicos
Nos últimos dez anos, segundo ele, cerca de 30 mil hectares de vegetação nativa foram envenenados, correspondendo a 30 mil campos de futebol

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 13/05/2024 às 10:31 | Atualizado em: 13/05/2024 às 10:33
O deputado estadual George Lins (União Brasil) apresentou na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM ) um projeto de lei (299/2024) para proibir a pulverização aérea de agrotóxicos na agricultura do Amazonas.
Lins sugere uma emenda à lei estadual 3.803, de 29 de agosto de 2012.
Conforme o deputado, a pulverização aérea de agrotóxicos tem sido utilizada para ressecar a vegetação nativa na floresta amazônica. Assim como outros biomas, facilitando a prática de queimadas.
Nos últimos dez anos, segundo ele, cerca de 30 mil hectares de vegetação nativa foram envenenados, correspondendo a 30 mil campos de futebol.
Lins afirmou que o debate desse tema ganha relevância diante das preocupações com a saúde humana e o meio ambiente.
“Na União Europeia, a pulverização aérea de agrotóxicos está proibida desde 2009 devido aos potenciais danos à saúde e ao meio ambiente associados às chamadas chuvas de veneno”.
Lins disse ainda que as comunidades afetadas pelos agrotóxicos pulverizados pelo ar enfrentam um alto índice de câncer, doenças neurológicas e outras enfermidades.
Além disso, apontou riscos para os trabalhadores que aplicam esses produtos, os quais podem desenvolver diversas doenças, incluindo câncer e malformações fetais.
A contaminação dos ecossistemas locais é outra preocupação abordada pelo deputado no projeto.
De acordo com o deputado, agrotóxicos aplicados dessa maneira podem atingir grandes extensões de terra, impactando toda a biodiversidade e as populações próximas.
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Foto: Leandro Castro/divulgação