O Amazonas tem 14 cidades reconhecidas como livres da febre aftosa. Com ele, outros estados são também reconhecidos com o mesmo certificado e não precisam de vacina . A certificação foi reconhecida e divulgada nesta quinta-feira (27) pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). O ato se deu durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da organização.
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), disse que a decisão da OIE ajuda os estados a superarem eventuais desconfianças do mercado internacional.
De acordo com Lima, esse reconhecimento da segurança sanitária “agrega valor ao que é produzido na região sul do estado, onde há um potencial muito grande para o agronegócio, um potencial muito grande não só para a pecuária, mas também para plantação de grãos”.
Os municípios amazonenses que estão livres da febre aftosa são Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini, Guajará, Envira, Eirunepé, Ipixuna, Itamarati e parte de Tapauá.
Outros estados que obtiveram o mesmo reconhecimento são Acre, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia como áreas livres de febre aftosa sem vacinação. A certificação também foi concedida ainda a cinco municípios do Mato Grosso. Além disso, o Paraná também foi distinguido como zona livre de peste suína clássica independente.
Ministra da Agricultura
“É importante conquista para a agropecuária brasileira”, comemorou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante uma webconferência da qual participaram representantes dos seis estados.
Ela lembrou que, até ontem (26), apenas Santa Catarina desfrutava do reconhecimento internacional como área livre da febre aftosa sem vacinação.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com o reconhecimento da OIE, mais de 40 milhões de cabeças de gado, ou cerca de 20% do rebanho bovino, deixarão de ser vacinadas contra a doença.
O que representará uma economia de aproximadamente R$ 90 milhões para os produtores rurais.
Isso sem levar em conta a redução dos custos com a criação de suínos.
De acordo com a ministra Tereza Cristina, quase metade do rebanho suíno se concentra nas áreas reconhecidas pela OIE.
Reunião no Ministério da Agricultura Foto: Antônio Araújo/Mapa
Fortalecimento sanitário
Para a ministra, o reconhecimento exigirá do Brasil o “fortalecimento contínuo” dos serviços veterinários dos estados contemplados.
“A responsabilidade do serviço veterinário oficial aumenta com esta mudança de status sanitário, cuja manutenção dependerá da continuidade do apoio e do investimento nos serviços de defesa agropecuária”, disse Tereza Cristina
A ministra atribuiu a decisão da OIE ao reconhecimento do “elevado padrão sanitário da nossa pecuária”.
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Foto: Adaf/Governo do Amazonas