Depois de demitir, na segunda-feira (17), Angela Flores Furtado , d a presidência do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), o presidente Jair Bolsonaro demitiu, neste sábado (22), outros diretores da autarquia federal. Falou em “implodir” o instituto.
Angela Flores havia sido indicada ao cargo por Carlos da Costa , secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, ao qual o instituto é subordinado.
O Inmetro é responsável por executar políticas nacionais de metrologia, fiscalizar o cumprimento de normas técnicas, métodos e instrumentos de medição e unidades de medida.
Segundo o G1, Bolsonaro deu a declaração na porta de um supermercado no Guarujá (SP), para onde viajou, nessa sexta (21), a fim de passar o feriado de carnaval no Forte dos Andradas, base militar do Exército.
A fala foi transmitida ao vivo pelo perfil do presidente em uma rede social.
Pela manhã, Bolsonaro foi a estabelecimentos comerciais da cidade, no litoral paulista.
Além de visitar dois supermercados (foto ), esteve em uma padaria, onde tomou café.
“Implodi o Inmetro. Implodi. Mandei todo mundo embora. Por quê? Há poucos meses assinaram portaria para trocar tacógrafos. Em vez de ser o normal que está aí, inventaram um digital. Ele é aferido de dois em dois anos. Passaram para um. Mandei acabar com isso aí”, declarou.
O tacógrafo é um instrumento que indica e registra dados sobre a condução dos veículos, como distância percorrida, velocidade desenvolvida e tempos de parada e direção.
Taxistas prejudicados
Segundo Bolsonaro, a portaria do Inmetro iria prejudicar taxistas.
“Começou no Rio, não sei se veio para São Paulo, trocar os taxímetros. Mas por quê? Quatrocentos cada um. Os tacógrafos, 1.900. Multiplique por milhões de veículos que mexem com tacógrafos. Táxi só no Rio são 40 mil”, disse.
Na última segunda-feira (17), o “Diário Oficial da União” já havia publicado a exoneração da presidente do Inmetro, Angela Flores Furtado, substituída pelo coronel do Exército Marcos Heleno Guerson de Oliveira Júnior.
O G1 procurou a assessoria da Secretaria Especial de Produtividade e, até a última atualização desta reportagem, aguardava uma manifestação sobre as demissões.
Também procurou a assessoria do Inmetro, mas não conseguiu obter contato.
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Foto: rede social