Bruno e Dom: réus nada respondem e querem prisão no Amazonas

Acusados de executar indigenista e jornalista com extrema crueldade fazem exigências à Justiça

Ferreira Gabriel

Publicado em: 27/07/2023 às 16:46 | Atualizado em: 27/07/2023 às 16:46

Os réus acusados dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, foram ouvidos pela Justiça do Amazonas, nesta quinta-feira (27).

Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima se recusaram a responder perguntas sobre os crimes investigados e pediram a transferência para presídios no Amazonas.

A audiência aconteceu na cidade de Tabatinga, no Amazonas, no fim da manhã. Após os depoimentos, o juiz do caso, Wendelson Pereira Pessoas, deu prazo de dez dias para as alegações finais.

Depoimentos

Amarildo foi o primeiro a depor, seguido de Jefferson e Oseney.

A Justiça analisa a materialidade do crime e indícios de autoria, para decidir se os réus serão levados a júri popular.

Na semana passada, a Justiça também ouviu novas testemunhas de defesa arroladas pelos advogados do trio. Entre os depoentes estava Rubem Dario Vilar, o Colômbia, suspeito de ser o intelectual dos crimes, que negou participação no caso.

Amarildo da Costa de Oliveira, de 42 anos, que está em um presídio federal no Paraná afirmou que está há quase um ano sem ver a família e advogados. O pescador declarou que sabe o motivo pelo qual está preso, mas negou o crime.

O juiz informou a Amarildo que seria a única chance dele de falar com a presença do magistrado. Mesmo com o pedido, o réu se recusou e disse que ficaria em silêncio.

Jefferson da Silva Lima, de 32 anos, foi o segundo réu a ser ouvido durante o depoimento. Preso na penitenciária federal de Mato Grosso, Jefferson se negou a responder onde mora e não respondeu se teria contato com os advogados.

Em seguida, ele alegou não ter condições financeiras e que sente muita falta da família. O acusado disse, ainda, que não sabe o porquê de estar em um presídio federal e que não tem ciência das acusações.

Oseney de Costa de Oliveira foi o último a depor. Ele também disse que ficaria em silêncio.

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Foto: Reprodução/ Rede Amazônica