Após quatro dias uma empresa do grupo J&F (dono da JBS) comprar a Amazonas Energia, a conta de luz poderá aumentar para o consumidor final.
É que ontem (13) governo enviou ontem (13) ao Congresso uma MP (medida provisória) voltada à alteração de uma série de regras no mercado de energia do Amazonas.
Conforme a Folha de S.Paulo, o grupo J&F comprou um conjunto de termelétricas no estado em uma transação de R$ 4,7 bilhões.
Então, de acordo com especialistas, a MP era esperada para resolver o problema da distribuidora local e evitar um colapso no fornecimento de energia no estado.
Segundo a publicação, abre caminho para que contratos de compra de energia térmica dos ativos comprados pela J&F passem a ser totalmente bancados pelo conjunto dos consumidores do Sistema Interligado Nacional.
Assim, Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, afirma que a opção encontrada vai aumentar a conta de luz.
Ou seja, não só para os clientes residenciais de todo o país – mas também para comerciais e industriais, que repassarão o preço para produtos.
“O custo passará a ser dos consumidores de todo o Brasil. Isso tem impacto na inflação”, afirmou.
Dessa forma, a MP tem duas grandes partes. Uma delas é voltada à Amazonas Energia, concessionária de distribuição do estado que compra ao menos parte da energia das termelétricas.
O texto flexibiliza uma série de condições para garantir a viabilidade econômica do contrato.
“Agora, com essa medida, todo o custo das térmicas vai cair na conta de energia de reserva. Por isso, todo o custo vai ser dos consumidores do Sistema Interligado Nacional”, acrescenta Luiz Eduardo Barata.
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Fontes do governo
Ainda segundo a Folha, a MP publicada nesta quinta é vista por fontes do governo como um passo adicional para que a Âmbar Energia assuma o controle da Amazonas Energia, o que é estudado internamente.
“Com a MP, será possível dar continuidade na flexibilização de parâmetros regulatórios para a concessão, além de retirar contratos de termelétricas compulsoriamente atribuídos ao portfólio da Amazonas Energia”, afirma o Ministério de Minas Energia.
Dessa maneira, de acordo com o ministério, a medida “não vai onerar o consumidor final”.
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Foto: arquivo BNC