No interior do AM, verba de indenizações de empresa de luz aquece economia
Concessionária Amazonas Energia foi condenada pela Justiça do Amazonas a devolver R$ 1,7 milhão a clientes do município de Codajás. Foram 1.638 sentenças por dano moral

Da Redação do BNC AMAZONAS
Publicado em: 26/01/2021 às 15:15 | Atualizado em: 26/01/2021 às 16:45
A Justiça do Amazonas, por meio da comarca de Codajás (a 240 quilômetros de Manaus), homologou acordo em ações movidas por consumidores contra a concessionária Amazonas Energia.
Com isso, esses acordos injetam mais de R$ 1,7 milhão na economia local. Essas ações indenizatórias por danos morais que agora estão sendo objeto dos acordos decorreram de falhas na prestação de serviços pela empresa.
Desde novembro de 2019, o juiz de direito Geildson Souza de Lima, titular da comarca, proferiu 1.638 sentenças condenatórias em dano moral contra a concessionária.
Diante das condenações, a Amazonas Energia recorreu às câmaras recursais do Tribunal de Justiça (TJ-AM).
Após os processos de dano moral a consumidor retornarem à comarca, a empresa propôs os acordos e muitos moradores já receberam a indenização. Em média, o valor acordado ficou em R$ 1,3 mil para cada família.
Acordos
“Até agora a Amazonas Energia fez acordo em 1.355 dos 1.638 processos. A empresa está entrando em contato com os advogados e propondo esses acordos. disse o juiz Geildson Souza de Lima.
Segundo o magistrado, a diretoria da vara em Codajás estará em contato com a direção da Caixa Econômica Federal, no sentido de agilizar o pagamento aos jurisdicionados, por dano moral a consumidor.
“Nesta semana a diretoria estará em contato com o pessoal da Caixa Econômica para viabilizar celeridade maior na expedição desses alvarás, visto que é uma quantidade muito grande e o banco necessita de um tempo”, destacou o magistrado.
Ações
De antemão, as ações de dano moral a consumidor foram ajuizadas na Justiça estadual depois que moradores sofreram prejuízos após falha no abastecimento de energia elétrica pelo sistema que serve ao município.
A falta de energia, por dias seguidos, privou os moradores de serviços essenciais, como telefonia; água; saúde pública; educação; além de o calor intenso provocar desabastecimento de produtos indispensáveis no comércio da cidade.
Foto: Marcello Casado/Agência Brasil