De Costa e Silva a Lula, o que cada presidente fez pela BR-319
Em 25 de julho de 2024, a Justiça do Amazonas suspendeu a licença prévia para pavimentar a rodovia

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 05/08/2024 às 10:26 | Atualizado em: 05/08/2024 às 10:26
A obra da BR-319, para conectar Manaus ao resto do Brasil por terra, foi iniciada em 1968, no governo Costa e Silva (1967-1969). De lá até hoje, saiba o que cada presidente fez pela rodovia.
Conforme o Poder360, a rodovia foi inaugurada 4 anos mais tarde, em 1972, já sob o comando de Médici.
Segundo a reportagem, naquela época, a previsão de deslocamento para sair de um ponto a outro da rodovia era de 12 horas.
Em 1988, no governo Sarney (PMDB), a rodovia foi fechada e reaberta em alguns momentos em 1988 a 2021,
Com Fernando Henrique Cardoso (PSBD), em 2001 foi concluída a pavimentação dos primeiros 58 km da BR-319 ao sul e 100 km no extremo norte.
Já com o presidente Lula da Silva (PT), a Justiça do Amazonas embargou o início das obras de pavimentação da rodovia.
Com a presidente Dilma Rousseff (PT), no ano de 2012 o Dnit decretou situação de emergência por causa de alagamentos.
Ainda no governo da petista, em 2014, o órgão obteve autorização para a manutenção da rodovia.
Com a mudança de Dilma para Michel Temer, (MDB), a BR-319 ficou trafegável no período de chuvas pela primeira vez em 30 anos.
A partir daí, com a entrada de Jair Bolsonaro (PL) no comando do país, em 2019, trecho não pavimentado da rodovia entra para o Programa de Parcerias para Investimentos (PPI) e Programa Nacional de Desestatização (PND).
Então, ainda com Bolsonaro, em 2022, o Ibama autorizou a pavimentação, barrou a instalação do canteiro de obras.
Por conseguinte, com o retorno de Lula ao Planalto, em 2023, o Dnit firmou contratos para mitigar a fauna da região.
Em suma, a rodovia foi ter asfalto em 2001, já no governo de Fernando Henrique Cardoso, mas não em sua total extensão.
Por exemplo, foram asfaltados: 58 km a partir de Porto Velho; 100 km a partir de Manaus.
Enquanto isso, o chamado trecho do meio, entre as partes asfaltadas, é alvo de brigas ambientais e na Justiça.
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Nesse sentido, em 25 de julho de 2024, entretanto, a Justiça do Amazonas suspendeu a licença, colocando em xeque o cronograma imaginado pelo governo Lula para a obra.
Assim, a decisão tem caráter liminar e o Executivo, segundo apurou o Poder360, espera conseguir revertê-la em breve por meio de recurso do Dnit.
Dessa forma, para os governistas, conseguir uma licença definitiva para a pavimentar a rodovia até o fim de 2025 seria uma grande conquista.
Portanto, a partir daí, o governo estima que seria necessário mais ao menos 1 ano e meio para iniciar a obra. Então, precisaria de mais 2 anos para concluir o asfaltamento. A decisão judicia…
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Foto: Movimento BR-319/divulgação