Principal canal de ligação do Amazonas com o restante do país por meio de Porto Velho, em Rondônia, o rio Madeira começou a receber serviço de dragagem em um dos seus pontos críticos para navegação no último dia 4. Conforme o governo federal, a previsão de conclusão é de 30 a 45 dias, portanto, até no máximo dia 20 de dezembro.
Por conta da seca histórica dos rios do Amazonas, há cerca de um mês os grandes navios cargueiros não aportam em Manaus com insumos do polo industrial. Consequentemente, também não transportam a produção da ZFM para fora do estado.
Entre outros prejuízos à economia do Amazonas, a indústria se viu obrigada a dar férias coletivas a milhares de trabalhadores.
O Madeira, afluente do rio Amazonas, é o principal canal de abastecimento de municípios da região sul do estado e do escoamento de cargas e produtos da Zona Franca de Manaus (ZFM). De Porto Velho para o restante do país, o transporte é por via terrestre.
Realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a dragagem de trecho do rio foi uma demanda do Governo do Amazonas.
Conforme o governo estadual, o trecho dragado fica na região do Tabocal e o custo do serviço é de R$ 100 milhões, com recurso federal.
“Com o início da dragagem na enseada do rio Madeira, temos o segundo ponto que estrangulava a passagem de navios sendo trabalhado. As dragas presentes no rio Madeira são duplas, o que permite desassorear o fundo do rio mais rapidamente. Ao fim dos serviços, esperamos que, a partir da segunda quinzena de novembro, nós já tenhamos navios chegando a Manaus”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Serafim Corrêa.
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No Solimões
Conforme o secretário, o serviço de dragagem também está sendo realizado em oito quilômetros do rio Solimões, entre os municípios de Tabatinga e Benjamin Constant.
Também realizado pelo Dnit, o custo é de R$ 38 milhões.
Foto: BNC Amazonas