Entidade do MP-AM repudia e acusa ex-prefeito de Manaus de fake news

Promotores e procuradores apontam provas de improbidade de Arthur Neto na concessão de vantagens a grupo de servidores

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Publicado em: 26/07/2021 às 21:22 | Atualizado em: 27/07/2021 às 17:25

A Associação Amazonense do Ministério Público divulgou nota pública nesta segunda (26) para manifestar repúdio ao ex-prefeito de Manaus e ex-senador Arthur Virgílio Neto (PSDB). Ele também distribuiu nota à imprensa.

No centro da questão está ação pública do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) em que Virgílio Neto é acusado de improbidade no exercício de oito anos de mandato.

Em boa parte dele, o prefeito teria pagado vantagens indevidas a servidores da Casa Civil da prefeitura. Dessa forma, a Justiça acatou a ação e o político agora vai responder criminalmente.

De acordo com a associação, o MP-AM apresentou “fartas provas documentais” das ilegalidades denunciadas.

Virgílio Neto, contudo, nega ter assinado qualquer concessão indevida.

Confira as notas

Esclarecimento – Arthur Virgílio Neto

Fiquei surpreso com a nota da Associação Amazonense do Ministério Público (AAMP). Fui um dos parlamentares que mais lutou pela manutenção e ampliação das prerrogativas dos Ministérios Públicos. Já em 2014, como prefeito de Manaus, aceitei participar de reunião para organizar a defesa parlamentar dessas prerrogativas. E cumpri à risca a solicitação que muito me honrou.

Em nenhum momento, durante o incidente que não provoquei, desrespeitei a instituição e nem a promotora que me acusou de improbidade pela gratificação de 500% a cinco servidores da Casa Civil do município. O problema é que não concedi tal gratificação a nenhum servidor.Quem concedeu, a meu ver, cometeu um gesto de má governança e não propriamente de improbidade. No meu caso, não houve nem má governança e muito menos improbidade. Pela simples razão de que não assinei nenhum ato nesse sentido.

Respeito a ilustre promotora e respeito a instituição à qual ela serve.

Registro apenas que ela se equivocou e sei que sobra bom senso e espírito democrático para ela compreender que seria até anormal eu ser injustamente acusado e não oferecer nenhuma resposta à sociedade. A promotora, como eu, é um ser humano. Nem mais e nem menos do que isso.

Não sou infalível, ela também não é. Não sou incriticável, ela também não.
Sirvo à democracia e não à censura.

Arthur Virgílio NetoPresidente do PSDB Amazonas

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