A Associação Amazonense do Ministério Público divulgou nota pública nesta segunda (26) para manifestar repúdio ao ex-prefeito de Manaus e ex-senador Arthur Virgílio Neto (PSDB). Ele também distribuiu nota à imprensa.
No centro da questão está ação pública do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) em que Virgílio Neto é acusado de improbidade no exercício de oito anos de mandato.
Em boa parte dele, o prefeito teria pagado vantagens indevidas a servidores da Casa Civil da prefeitura. Dessa forma, a Justiça acatou a ação e o político agora vai responder criminalmente.
De acordo com a associação, o MP-AM apresentou “fartas provas documentais” das ilegalidades denunciadas.
Virgílio Neto, contudo, nega ter assinado qualquer concessão indevida.
Esclarecimento – Arthur Virgílio Neto
Fiquei surpreso com a nota da Associação Amazonense do Ministério Público (AAMP). Fui um dos parlamentares que mais lutou pela manutenção e ampliação das prerrogativas dos Ministérios Públicos. Já em 2014, como prefeito de Manaus, aceitei participar de reunião para organizar a defesa parlamentar dessas prerrogativas. E cumpri à risca a solicitação que muito me honrou.
Em nenhum momento, durante o incidente que não provoquei, desrespeitei a instituição e nem a promotora que me acusou de improbidade pela gratificação de 500% a cinco servidores da Casa Civil do município. O problema é que não concedi tal gratificação a nenhum servidor.Quem concedeu, a meu ver, cometeu um gesto de má governança e não propriamente de improbidade. No meu caso, não houve nem má governança e muito menos improbidade. Pela simples razão de que não assinei nenhum ato nesse sentido.
Respeito a ilustre promotora e respeito a instituição à qual ela serve.
Registro apenas que ela se equivocou e sei que sobra bom senso e espírito democrático para ela compreender que seria até anormal eu ser injustamente acusado e não oferecer nenhuma resposta à sociedade. A promotora, como eu, é um ser humano. Nem mais e nem menos do que isso.
Não sou infalível, ela também não é. Não sou incriticável, ela também não.
Sirvo à democracia e não à censura.
Arthur Virgílio NetoPresidente do PSDB Amazonas