Arthur Neto é investigado por gratificação ilegal de 500% a grupo privilegiado

A investigação concluiu que foram concedidas gratificações ilegais por produtividade a 11 servidores

Arthur marca reunião com secretariado no primeiro dia em Manaus

Diamantino Junior

Publicado em: 08/07/2021 às 17:05 | Atualizado em: 08/07/2021 às 17:10

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por meio da 13ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público (13ª PRODEPPP), ajuizou Ação Civil Pública por ato de Improbidade Administrativa contra o ex-Prefeito de Manaus Arthur Neto e o ex-secretário da Casa Civil Lourenço dos Santos Braga.

A investigação da 13ªPRODEPPP concluiu que foram concedidas gratificações ilegais por produtividade de até 500% sobre o valor da remuneração regular de 11 servidores da Casa Civil entre 2013 e 2019. A ACP foi ajuizada no dia 26/06/2021.

“O que se verifica, pois, é o total desrespeito, pelos requeridos, à legislação que regulamenta a concessão da Gratificação por Produtividade, seja quanto aos requisitos necessários a sua concessão (artigo 4º do Decreto nº 3.077/95), seja quanto aos documentos que obrigatoriamente deveriam instruir o pedido. É cristalina, pois, a ilegalidade das gratificações concedidas”, argumentou, na ACP, a Promotora de Justiça Cley Barbosa Martins, titular da 13ª PRODEPPP.

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A promotora pede o ressarcimento de R$ 1 milhão ao Município, sendo R$ 580.981 pagos pelo ex-prefeito Arthur Neto e R$ 441.543 pelo ex-secretário, e ainda a inclusão dos réus no Cadastro Nacional de Condenados por Ato de Improbidade Administrativa e por Ato que Implique Inelegibilidade.

A ação é decorrente de Inquérito Civil que apontou a existência do Decreto de 28 de junho de 2012, que alterava a gratificação de produtividade concedida aos servidores da Casa Civil.

O IC apurou que, apesar de 11 pedidos de gratificação requeridos não apresentarem a documentação legalmente exigida, mesmo assim foram deferidos.

Foto: Divulgação