A Feira do Pescado Indígena inaugurou, no fim de semana e, de acordo com o resultado, será anual. Em apenas três dias foram comercializados 20 toneladas de pirarucu.
“Não esperava que fôssemos vender tudo nesses três dias”, disse a produtora rural Ana Mura, da aldeia Jaçanã de Itacoatiara.
Assim como Ana Mura outras pessoas, envolvidas com a feira, também se manifestaram surpresas com o sucesso de vendas.
Com o tema “Pirá Puranga”, que significa “Peixe Bom” na língua Nheengatu (derivado da tupi-guarani), a 1ª FEI se encerrou no domingo (20).
A feira, aberta na sexta-feira (18), foi realizada pela Fundação Estadual do Índio (FEI). O espaço ocupado foi o estacionamento do Estádio Carlos Zamith, bairro Coroado, zona Leste.
O diretor-presidente da FEI, Edivaldo Munduruku, avaliou como positiva a comercialização do pescado. O peixe é manejado pelos indígenas do município de Uarini (a 565 quilômetros de Manaus) para a população manauara.
“Nossas expectativas foram alcançadas, ficamos surpresos com a busca pelo pescado”, disse disse Edivaldo. Em seguida, enfatizou: “Isso só nos estimula a trabalhar ainda mais pelos parentes que estão lá no interior”.
Em suma, prosseguiu Edivaldo, “a feira foi um sucesso, e agora iremos trabalhar para que aconteça todos os anos”. Para o diretor da FEI, a partir do sucesso do evento, o plano é ampliar o número de regiões e pescadores do Amazonas.
Renda sustentável
A primeira feira de comercialização do pirarucu garantiu renda sustentável não só aos produtores de Uarini como também de outros municípios.
Estavam na feira representantes de Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Fonte Boa e Careiro da Várzea, presentes na feira.
O evento finalizou às 13h de domingo, com todos os produtos vendidos. Expositores e compradores fizeram questão de expor, sobretudo, o contentamento com a feira.
“Para mim foi além do esperado. Só tenho a agradecer ao Governo do Estado por tudo”, disse Ana Mura.
Para a empresária Silvia Alfaia, a feira é importante porque gera renda para as famílias indígenas, de modo que todos saem ganhando.
“Essa feira é muito importante tanto para nós quanto para os indígenas. O preço é superacessível, e todos se beneficiam com essas vendas”, disse ela.
Apoio
A feira contou com o apoio da Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar), Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Sejusc).
Apoiaram, também, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) e Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas (FVS-AM).
Nos três dias de evento, a FEI disponibilizou máscaras e álcool em gel, seguindo, assim, as orientações sanitárias de prevenção à covid.
Fotos: Denison Alves/FEI