Em 2015, ante à crise econômica que atravessava o país, o Amazonas cortou investimentos públicos.
Na área cultural, dois eventos ficaram na berlinda, ameaçados de corte orçamentário.
Eram justamente os dois eventos artísticos-culturais mais importantes realizados pelo Governo do Estado.
O primeiro era o Festival de Óperas do Amazonas, pomposo, de repercussão mundial e de grande aquecimento econômico.
Um evento elitista, mas que movimenta a mão de obra popular.
O outro era o Festival Folclórico de Parintins, dos bois-bumbàs Caprichoso e Garantido.
Popular, de cada vez maior penetração nacional, o evento anual ajuda, sobremaneira, a movimentar a economia do estado e é identidade e cartão de visita do Amazonas.
Além de ser um evento que envolve paixão e mexe com o dia a dia dos amazonenses.
Apesar disso, naquele ano venceu o festival de óperas, que manteve suas verbas inteiras.
O festival de Parintins, tratado pelo governo de então como gastança, perdeu investimento. Naquele 2015, corte de 30%. No ano seguinte, piorou: 100% do patrocínio.
Agora, nove anos depois, o Amazonas tenta se recuperar de queda de receitas deixada, sobretudo, pela seca severa e histórica dos rios no ano passado.
Uma das piores consequências foi ao polo industrial da ZFM (Zona Franca de Manaus), obrigado a parar linhas de produção pela impossibilidade da chegada de insumos pelos rios.
Agora, de novo, o estado precisou sopesar óperas e boi bumbá. Desta fez, porém, venceu o festival de Parintins.
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Neste ano, o festival de óperas não será realizado, conforme o governo .
E o festival de Parintins, vai acontecer. Afinal, o evento voltou a ganhar fôlego e está em alta novamente. Dessa forma, é impensável sua não realização.
Foto: divulgação/Secom Parintins