O governo de Rondônia pediu nesta quinta-feira, 06, que fossem recolhidos dezenas de livros das bibliotecas das escolas, entre eles clássicos da literatura brasileira como Macunaíma, Agosto,Os Sertões e Memórias Póstumas de Brás Cubas.
A alegação era de que as obras tinham “conteúdos inadequados às crianças e adolescentes”.
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O governo chegou a negar a existência do documento que pedia o recolhimento, mas depois mandou a rede “abortar” o procedimento e passou a alegar que o secretário de educação não o assinou.
O Estado teve acesso ao memorando no início da tarde, que incluía uma lista com 43 livros brasileiros e estrangeiros que deveriam ser “entregues ao Núcleo do Livro Didático” da secretaria estadual da educação.
O texto estava em nome do secretário de educação, Suamy Lacerda de Abreu, mas a assinatura eletrônica no sistema era da diretora de educação do órgão, Irany de Oliveira Lima Morais, terceira na hierarquia da secretaria.
O Estado procurou Irany por meio de uma assessora, mas ela não retornou o contato. O secretário Abreu também não respondeu às ligações.
Professores e outros funcionários da rede conseguiram acessar o documento no sistema interno do governo, meio pelo qual os comunicados são feitos atualmente.
No entanto, às 14h15, o memorando foi tornado “restrito” e não era possível mais visualizar seu conteúdo.
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Foto: Reprodução site culturagenial.com