Grupo de resistência diz que greve dos professores é precipitada

Israel Conte
Publicado em: 16/04/2019 às 18:36 | Atualizado em: 16/04/2019 às 18:41
Professores ligados ao Movimento de Resistência da Educação (MovRED) entendem que a greve na rede estadual, iniciada por dois sindicatos nesta segunda-feira, dia 15, é precipitada.
“O pleito é pertinente, mas a greve é precipitada”, diz Pedro Maciel (foto), professor e coordenador do MovRed.
Pedro, que fala por um grupo aproximado de 50 profissionais da educação, diz que a paralisação não está considerando a conjuntura política e financeira do estado.
“Defendo a greve como instrumento legítimo. Mas ela deve ser o último e não o primeiro recurso. A paralisação, neste momento, é precipitada pois não está levando em consideração a conjuntura política e financeira do estado”, comentou.
Ontem, o governador Wilson Lima (PSC) garantiu o pagamento da data-base, no valor aproximado de 4%, aos servidores da educação, mas disse que não poderia conceder os 15% de reajuste pedido pelos grevistas porque a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não permite.
O secretário de Educação (Seduc), Luiz Castro (Rede), que conduziu quatro reuniões mas não conseguiu evitar o movimento paredista sustentou, em coletiva de imprensa na semana passada, que os 3,93% cobrem a inflação dos últimos 12 meses.
Palanque
Na opinião de Pedro, a greve está sendo usada como palanque político.
“Membros dos sindicatos querem palanque já visando as eleições. Falam de um reajuste alto, que agrada aos ouvidos, mas que sabem não ser possível agora”, criticou.
Foto: Divulgação