Hemoam inicia pesquisa da eficácia da vacina contra coronavírus no AM

Iniciativa envolve 400 voluntários e vai testar também a resposta imunológica da vacina em relação à chamada “variante brasileira”

08/02/2021 15:26

A Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) começou a coletar, desde a semana passada, amostras de sangue de 400 de seus funcionários.

Eles fazem parte, voluntariamente, da primeira etapa do projeto de pesquisa “Análise da resposta imune e eficácia da vacina contra a covid-19 em profissionais da saúde”.

De acordo com o plano, o objetivo é avaliar o comportamento dos anticorpos em amostras de sangue coletadas antes ou até cinco dias após a vacinação.

Nessa primeira etapa de vacinação no Amazonas, os profissionais de saúde estão recebendo duas doses da chinesa Coronavac.

A avaliação terá continuidade em 4 etapas de coleta: após um mês, três meses, seis meses e doze meses da aplicação da segunda dose.

“Vamos realizar coletas periódicas de sangue dessas 400 pessoas com o intuito de estudar a ação do imunizante em diferentes indivíduos”.

É o que afirmou a doutora em imunologia e pesquisadora do Hemoam Adriana Malheiro.

Segundo ela, em meados de abril já será possível obter os resultados preliminares do imunizante.

“Após cada coleta de amostras (abril, julho, outubro de 2021 e abril de 2022) vamos poder analisar preliminarmente o comportamento atual dos anticorpos contra o sars-cov-2 [o vírus]”.

Variante

A imunologista, que também é professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), acrescentou que o estudo permitirá também testar se a vacina disponível é eficiente contra a variante do vírus.

Estudo também quer saber se a vacina disponível é eficiente contra a variante do coronavírus

Cada amostra será submetida a vários testes, tais como dosagem de anticorpo, citometria de fluxo (para análise de memória e teste de anticorpo neutralizante) e teste de eficácia celular.

Pesquisadores da fundação, além da pesquisadora Simone Gonçalves da Fonseca, da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da imunologista responsável pelo sequenciamento genético do novo coronavírus, Ester Sabino, da Universidade de São Paulo (USP), participam do estudo.

São eles Adriana Malheiro, Andréa Tarragô, Nelson Fraiji, Socorro Sampaio, Myuki Alfaia Esashika Crispim, Sônia Rejane Frantz, Maria de Nazaré Barbosa, Cláudia Abrahim e Allysson Guimarães.