Governo envia mil chips com internet a grupos de ajuda aos ianomâmis

Ministério das Comunicações já enviou à região 17 antenas com conexão banda larga via satélite, livre e gratuita.

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 13/02/2023 às 19:47 | Atualizado em: 14/02/2023 às 09:48

O Ministério das Comunicações e os Correios vão fornecer mil chips da operadora de telefonia móvel Correios Celular para as equipes que prestam assistência humanitária aos ianomâmis no Amazonas e Roraima.

“Estamos empenhando todos os esforços para auxiliar no atendimento a essa crise que assolou os ianomâmis e chocou o mundo”, disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

Ele lembrou que a pasta já enviou à região 17 antenas com conexão banda larga via satélite, livre e gratuita.

“E agora estamos enviando, junto com os Correios, chips para reforçar a comunicação”, informou.

“Nesses momentos de crise, todo apoio possível será feito. Com os chips Correios Celular, garantiremos agilidade na comunicação, o que facilitará a coordenação dos trabalhos de assistência”, afirmou o presidente dos Correios, Fabiano Silva.

A operadora de telefonia móvel dos Correios, lançada em 2017, atende a milhares de clientes em mais de 5 mil municípios de todo o Brasil.

Operação

A Polícia Federal (PF) deu início na sexta-feira (10) às ações de erradicação do garimpo ilegal em terras Ianomâmi, no âmbito da Operação Libertação.

De acordo com o Ministério dos Povos Originários os trabalhos visam à interrupção da logística do crime, com foco na inutilização da infraestrutura usada para a prática do garimpo ilegal bem como a materialização de provas sobre a atividade criminosa.

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A força-tarefa é liderada pela PF e composta por Ibama, Funai, Força Nacional e Ministério da Defesa.

“Nesta fase, a PF atua na interrupção do delito, por meio da destruição de maquinários e meios dedicados ao crime. O objetivo é proteger a população ianomâmi e erradicar o garimpo ilegal por completo ao longo de todas as fases da operação Libertação”, diz nota da pasta.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil