O Ibama no Amazonas participou em Brasília de seminário sobre sociobiodiveraidade promovido pelo Conselho Nacional dos Povos Extrativistas.
Junto a parceiros, o objetivo foi resgatar as discussões e agendas para o avanço da valoração das cadeias produtivas.
Sobretudo, dos povos e comunidades tradicionais extrativistas e trabalhadores rurais da Amazônia.
O evento, com o tema Semana da Sociobiodiversidade: fortalecendo economias sustentáveis, pessoas, culturas e gerações, foi de 31 de agosto ao dia 3.
O Ibama faz parte do coletivo do pirarucu, que junto aos da castanha e seringa reivindicaram a necessidade de fortalecimento urgente da governança dos territórios.
Além disso, acusaram dificuldade de acesso e implementação de políticas públicas de fomento e valoração dos produtos da “sociobio”, na relação com as empresas que absorvem a produção.
Também apontaram a necessidade de melhoria da assistência técnica, de valoração do trabalho digno do extrativista e questões de gênero e juventude.
Além da necessidade de integração com a pan Amazônia e a participação dos povos da floresta e suas reivindicações na COP-30.
O evento teve a participação de 230 representantes de organizações sociais e populares vinculadas principalmente às cadeias da castanha, da seringa e do pirarucu manejado.
O evento teve participação de representantes do Peru, Colômbia e Bolívia.
Houve também visitas a vários ministérios e órgãos governamentais envolvidos na pauta. Assim como participação em audiência pública sobre o trabalho extrativista na Câmara dos Deputados.
Da mesma forma, nas comemorações do Dia da Amazônia, no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto.
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Carta de reivindicações
O evento produziu uma carta elencando todos os pontos que necessitam ser contemplados, resolvidos e implementados para que ocorra a retomada da agenda de valoração da economia dos povos da floresta.
Conforme o Ibama, são eles consideradas os verdadeiros guardiões da floresta e por isso exigem respeito e reconhecimento da importância de seu trabalho para a conservação da Amazônia.
Como resultado, exigem participar de discussões sobre pagamento de serviços ambientais, na regulação do mercado de carbono, na lei da bioeconomia e na mitigação do impacto das mudanças climáticas. Estas já são sentidas em seus territórios e, consequentemente , nas cadeias produtivas de que dependem.
Foto: divulgação