Amazonas tem baixa qualidade de conexĂ£o Ă  internet em escolas

Uma pesquisa do NIC.br apontou que apenas 11% das escolas municipais e estaduais no Brasil possuem internet com velocidade adequada.

Amazonas tem baixa qualidade de conexĂ£o Ă  internet em escolas

Publicado em: 26/05/2024 Ă s 13:01 | Atualizado em: 26/05/2024 Ă s 13:01

Uma pesquisa do NĂºcleo de InformaĂ§Ă£o e CoordenaĂ§Ă£o do Ponto BR (NIC.br) revelou que apenas 11% das escolas municipais e estaduais do PaĂ­s tĂªm acesso Ă  internet com a velocidade adequada. O levantamento destaca diferenças regionais significativas, mostrando que o Norte apresenta a menor cobertura e qualidade de conexĂ£o. Entre os estados com os piores Ă­ndices de velocidade de conexĂ£o na regiĂ£o estĂ£o o Amazonas, Acre, AmapĂ¡, Roraima e ParĂ¡.

Além disso, no Centro-Oeste, as escolas do Distrito Federal e de Mato Grosso do Sul também sofrem com baixa qualidade da internet.

Em contraste, as maiores velocidades de conexĂ£o estĂ£o no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no ParanĂ¡ e em GoiĂ¡s.

O levantamento foi realizado com um medidor de qualidade de conexĂ£o em 32.379 instituições pĂºblicas com mais de 50 alunos no principal turno.

O NIC.br constatou que apenas 3.640 unidades tinham internet com velocidade de download igual ou superior a 1 Megabyte por segundo (Mbps), conforme recomendado pela Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), do governo federal.

Paulo Kuester Neto, supervisor de projetos de ciĂªncia de dados do NIC.br, enfatiza que a tecnologia da informaĂ§Ă£o Ă© cada vez mais essencial no ambiente escolar, reforçando a necessidade de uma conexĂ£o adequada para todos os estudantes.

Ele explica que a importĂ¢ncia da velocidade adequada Ă© crucial para diversas atividades escolares, como assistir vĂ­deos, que demandam mais largura de banda comparado Ă  navegaĂ§Ă£o simples ou ao acesso a redes sociais.

O parĂ¢metro de 1 Mega por estudante, estabelecido pela Enec, considera que todos os estudantes no maior turno devem ter, no mĂ­nimo, a capacidade de realizar uma navegaĂ§Ă£o geral.

Kuester Neto destaca que, nos Ăºltimos anos, houve uma evoluĂ§Ă£o na oferta de internet nas escolas pĂºblicas, e o MinistĂ©rio da EducaĂ§Ă£o (MEC) tem se esforçado nesse sentido.

A mediĂ§Ă£o da velocidade nas escolas pelo NIC.br Ă© estimulada pelo MEC.

Apesar de apenas 11% das escolas atingirem a velocidade adequada estabelecida pela Enec, esse nĂºmero vem crescendo ao longo do tempo, sendo uma meta ambiciosa do governo federal.

Conforme a pesquisa, a média de velocidade de download por aluno no maior turno subiu de 0,19 Mbps para 0,26 Mbps de 2022 para 2023.

Com base em dados do Censo Escolar da Escola BĂ¡sica, o NIC.br revelou que, das 137.208 escolas estaduais e municipais no paĂ­s, 89% estĂ£o conectadas Ă  rede.

Destas, 62% declaram ter internet para o processo de ensino e aprendizagem, mas apenas 29% possuem computadores, notebooks ou tablets para os alunos acessarem a internet, com uma média de um dispositivo para cada dez estudantes no maior turno escolar.

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Foto: Banco de Imagens