Juiz nega direito de resposta a Vanessa sobre “a farsa do ovo”

A senador Vanessa Grazziotin (PCdoB) entrou na Justiça Eleitoral com uma representação contra a coligação do candidato Amazonino Mendes (PDT), pedindo direito de resposta, por ter se sentido ofendida com a menção da “farsa do ovo” na campanha. De 20 a 22, o vice de Amazonino, o deputado Bosco Saraiva (PSDB), aparece citando esse episódio […]

24/08/2017 17:37

A senador Vanessa Grazziotin (PCdoB) entrou na Justiça Eleitoral com uma representação contra a coligação do candidato Amazonino Mendes (PDT), pedindo direito de resposta, por ter se sentido ofendida com a menção da “farsa do ovo” na campanha.

De 20 a 22, o vice de Amazonino, o deputado Bosco Saraiva (PSDB), aparece citando esse episódio de 2012, quando Vanessa foi candidata a prefeita de Manaus.

Ela alegou que o candidato citou o caso entre os fatos provocados em toda eleição com a intenção de “enganar o povo”.

O juiz Bartolomeu Júnior, auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) nesta eleição suplementar no Amazonas, considerou que Vanessa não apresentou provas do que alegou na representação.

“… [Vanessa] não trouxe aos autos qualquer mídia capaz de ensejar uma análise mais objetiva a eventual ofensa que tenha sofrida, a fim de ensejar direito de resposta”, escreveu o magistrado.

Bartolomeu afirma que a senadora “limitou-se a trazer um print de tela”, sem apresentar vídeo ou mídia exigida para análise do pedido. “O direito de resposta está assegurado pela carta magna, contudo, a ofensa deve estar muito bem provada, o que não é o caso dos autos”, complementou.

Ao indeferir a liminar, o juiz abriu prazo de um dia para que os representados apresentem defesa.

Veja o vídeo contestado por Vanessa:

O que é a “farsa do ovo”

Em setembro de 2012, Vanessa chegava a uma emissora de TV, em Manaus, para participar de um debate entre os candidatos a prefeito da cidade. Ela disputava com o hoje prefeito reeleito Arthur Neto (PSDB) a dianteira da preferência do eleitor.

Ao descer do carro, Vanessa se confrontou com um tumulto provocado pelas militâncias dos candidatos, na porta da TV. Quando finalmente conseguiu entrar no prédio, a hoje senadora acusou que foi vítima de um ovo de galinha atirado em seu rosto.

E sem perda de tempo, usou o episódio no próprio debate, minutos depois, buscando comover os telespectadores.

Acusando os adversários políticos pela agressão, recorreu ao TRE-AM e à polícia. Um inquérito foi aberto naquele ano, e arquivado poucos meses depois.

Desde então, o caso ficou conhecido como o ovo que virou cuspe.

Veja em vídeo: