Mulher do caso passional que levou a assassinato de sargento não vira ré
Família do militar morto por encomenda vê injustiça na decisão do TJ sobre o caso Vitória, em Manaus

Mariane Veiga
Publicado em: 19/01/2024 às 18:06 | Atualizado em: 22/01/2024 às 12:51
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) rejeitou a denúncia do Ministério Público contra Jordana Azevedo Freire, que respondia em liberdade pelo processo que investiga a participação na morte do sargento do exército Lucas Guimarães, em setembro de 2021. Seis pessoas foram denunciadas e se tornaram réus no caso.
Em nota, assessoria do Tribunal informou a rejeção ocorreu “em função de não restar demonstrado, na Denúncia – com base nos elementos até então anexados ao Inquérito Policial, avaliados de forma perfunctória – elementos de concatenação de indícios e de verossimilhança e relação de causalidade entre a conduta da denunciada e o homicídio, não atendendo assim, aos requisitos estampados no art. 395, III, do Código de Processo Penal”.
Após a decisão, apenas o marido de Jordana, Joabson Agostinho Gomes, que responde em liberdade pelo crime e outras cinco pessoas, são réus no processo que investiga a morte de Lucas Guimarães.
Segundo o G1, a mãe de Lucas Guimarães, Livânia Maria Silva Guimarães, disse que o sentimento é de “injustiça”.
“A denúncia do Ministério Publico foi muito bem embasada. Todo o trabalho da policia investigativa e as pericias são claras sobre o envolvimento da Jordana. Não há dúvidas. Tudo muito claro. Para nós a Jordana é uma das mentoras deste crime. A Delegada Geral, após a conclusão do inquérito, disse à imprensa que a Jordana sabia de todo o planejamento do crime e não disse nada ao Lucas. No mínimo, ela é cúmplice. Para nós não é uma decisão nem clara e nem justa. Este é o sentimento da família”, disse Livânia.
Já o advogado de defesa da família da vítima, Arthur Cordeiro, disse não poder citar mais detalhes sobre a tramitação do processo, por ocorrer em segredo de Justiça.
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Foto: reprodução