Técnicos da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) e do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), realizam, nesta sexta-feira (03), coleta de água e de peixes in natura em Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus) para análise na capital.
O objetivo é buscar respostas a respeito do surto de rabdomiólise em municípios amazonenses.
Na quinta-feira (02), foram notificados mais três casos no estado. Ao todo, são 54 casos da síndrome notificados no Amazonas, dos quais 36 em Itacoatiara (sendo um óbito), quatro em Silves, quatro de Borba, três em Manaus, três em Parintins, um em Caapiranga, um em Autazes, um em Maués e um em Manacapuru.
A Adaf integra, juntamente com a SES-AM, a força-tarefa montada pelo Governo do Amazonas, com especialistas de diversas áreas, com o objetivo de investigar a fundo as possíveis causas e formas de combater o surto da doença no estado.
O grupo conta ainda com profissionais da Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Secretaria de Estado da Produção (Sepror) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Alerta
Na quarta-feira (1º), a SES publicou um comunicado de risco com orientações quanto às restrições do consumo de pescado extrativo (oriundo de lagos e rios) – das espécies pirapitinga, pacu e tambaqui – no município de Itacoatiara pelos próximos 15 dias.
Essa medida é para conter a proliferação da rabdomiólise na região.
A recomendação para os demais municípios é a identificação de possíveis novos casos e orientar a população quanto aos sinais e sintomas da doença.
No entanto, a fiscal agropecuária Jucileia Faria, da Adaf, ressalta que ainda não está comprovada a origem do surto, embora os peixes sejam uma forte suspeita.
Segundo ela, também podem ser analisadas, se possível, sobras dos peixes que foram consumidos.
“Os sintomas surgem de 30 minutos a 24 horas após o consumo. Se for possível guardar amostras do peixe na geladeira, ajudaria nas análises”, pondera.
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Foto: Divulgação/Adaf