Ouro roubado da Amazônia rende R$ 300 milhões a criminosos
OperaĂ§Ă£o da PolĂcia Federal mira movimentaĂ§Ă£o no Amazonas, Roraima e quase todo o paĂs

Publicado em: 20/10/2022 Ă s 12:21 | Atualizado em: 20/10/2022 Ă s 12:33
A PolĂcia Federal deflagrou, na manhĂ£ de hoje, uma operaĂ§Ă£o que mira um esquema de comĂ©rcio de ouro ilegal, em 20 estados brasileiros, que teria movimentado mais de R$ 300 milhões. O ouro comercializado teria origem em garimpos ilegais em Roraima.
Batizada de Gold Rush, a operaĂ§Ă£o cumpre 18 mandados de busca e apreensĂ£o, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal, nos estados de AmapĂ¡, Amazonas, Minas Gerais, ParĂ¡, RondĂ´nia, Roraima e SĂ£o Paulo. A Justiça ainda determinou o bloqueio de mais de R$ 118 milhões dos suspeitos, que nĂ£o tiveram as identidades divulgadas pela polĂcia.
De acordo com a corporaĂ§Ă£o, as investigações iniciaram apĂ³s agentes analisarem o relatĂ³rio de inteligĂªncia financeira de um dos suspeitos, que havia sido preso por trĂ¡fico de drogas.
No documento, os policiais identificaram uma joalheria de fachada em Roraima que teria movimentado mais de R$ 200 milhões ao longo de cinco anos.
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Laranja
Os policiais entĂ£o suspeitaram que a empresa estava sendo utilizada para receber valores relativos Ă venda de ouro ilegal e que estaria sendo operada por um laranja do lĂder do grupo.
AlĂ©m da origem de garimpos ilegais, hĂ¡ indĂcios de que o ouro comercializado tambĂ©m tenha chegado da Venezuela, por meio do contrabando de minĂ©rio.
Segundo a polĂcia, para simular uma origem lĂcita, os suspeitos fingem ter adquirido o minĂ©rio em pequenas quantidades de migrantes venezuelanos que chegam no Brasil em busca de melhores condiĂ§Ă£o de vida.
As investigações tambĂ©m apontaram que negĂ³cios regulares teriam feito movimentações suspeitas, como uma empresa que presta serviços de limpeza urbana e teria depositado mais de R$ 3 milhões para o esquema.
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Foto: ReproduĂ§Ă£o/Roraima1