Uma cooperativa de garimpeiros com apoio de senador movimentou milhões com ouro extraído ilegalmente de terra indígena Kayapó (PA). Contudo, a cooperativa “legaliza” o metal por meio de fraude.
Conforme, publicação da Carta Capital, o benefício à Cooperativa de Garimpeiros e Mineradores de Ourilândia e Região (Cooperouri) tem apoio do senador e pré-candidato ao governo do Pará, Zequinha Marinho (PSC-PA).
Segundo reportagem da Repórter Brasil, ele entrou na mira da Polícia Federal (PF) sob suspeita de integrar uma organização criminosa que atua na extração de ouro no sul do Pará.
Dessa forma, a investigação aponta que o destino final dou ouro é uma empresa italiana, chamada Chimet.
Os agentes suspeitam que o esquema esteja “esquentando” o metal, ou seja, tornando-o lícito, por meio de fraude, antes de vendeê-lo a terceiros.
Nesse sentido, a Cooperouri juntamente com o senador Zequinha Marinho estiveram reunidos com o presidente da Agência Nacional de Mineração (ANM), Victor Bicca.
Na ocasião, o senador pediu agilidade na concessão de permissões de lavra garimpeira. Isso foi o que confirmou um ex-funcionário da ANM.
Por outro lado, o próprio senador disse que não se trata de uma “busca por liberação”, mas de atenção aos pleitos devidamente protocolados no órgão por livres segmentos e representantes da sociedade.
Da mesma forma, por meio de nota, ele admitiu vínculo com a Cooperouri.
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Réu
Zequinha Marinho é réu em um processo por suspeita de “rachadinha” em seu gabinete quando deputado federal, em 2011.
Da mesma forma, o Ministério Público eleitoral (MPE) pediu sua cassação em janeiro passado, sob suspeita de gastos ilícitos de recursos de campanha.
Contudo, o senador, que é pré-candidato ao governo do Pará, disse que sua campanha foi “inteiramente lícita”.
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Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado