Do mesmo modo como aconteceu nos primeiros meses do mandato tampão de Amazonino Mendes (PDT), em 2018, profissionais da educação iniciaram ontem, dia 7, a campanha pelo pagamento do reajuste salarial da data-base da categoria, vencida no último dia 1º. No ano passado, acabou em greve .
A situação pode se repetir. Do ato público em frente à sede da Secretaria de Educação (Seduc), quando professores e pedagogos cobraram o reajuste de 15% da data-base, a categoria já saiu com uma data marcada (dia 16) para assembleia-geral que pode decidir por paralisação, a título de advertência ao governo.
Educadores afirmam que estão acompanhando o caixa do Fundeb (fundo da educação básica) e sabem que há dinheiro para bancar o reajuste.
Em 2018, a falta de negociação levou os professores à greve, situação que também é ameaçada agora pelo Asprom (Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus), que puxou o movimento de ontem e critica o titular da Seduc, Luiz Castro, de sequer ter chamado a categoria para dar satisfação.
A pauta de reivindicações dos professores e pedagogos deu entrada na Seduc no início de fevereiro, e Castro teria pedido um mês para analisar. Passado esse período, nada aconteceu. As afirmações são do presidente da Asprom, Lambert Melo (foto abaixo ).
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Passivo ainda existe
A categoria, assim como outras de servidores estaduais, começou a receber em janeiro deste ano as parcelas de pagamento de datas-bases atrasadas desde 2015 . Esse escalonamento foi um dos meios recursos encontrados por Amazonino para encerrar a greve no ano passado.
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Seduc afirma que paga
À tarde, em nota que não foi publicada nos sites institucionais do governo e da Seduc, nem distribuída à Redação do BNC Amazonas , Castro afirmou que o reajuste dos servidores sai neste mês. Mas, só conversa com a categoria a partir do dia 15, conforme teria sido acordado previamente. Até lá, o governo vai fazer “estudos preliminares” de orçamento.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM) informa que a data-base dos servidores da educação será cumprida no mês de março, conforme anunciado anteriormente pelo Governo do Amazonas. Houve, por parte da Seduc-AM com os sindicatos, associações e outros movimentos independentes, um entendimento sobre a necessidade de reiniciar o diálogo com as categorias a partir do dia 15 de março por conta do período de carnaval e o tempo necessário para realização dos estudos preliminares sobre o orçamento fiscal disponível junto Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-AM) e assim poder afirmar quais serão os percentuais atingidos. Quanto as demais reivindicações das categorias, a atual gestão da secretaria irá analisar com responsabilidade cada situação para avaliar as possibilidades de atendimento parcial e integral do que for viável ao longo do ano de 2019.
A Seduc-AM ressalta, ainda, que o Governo do Estado está aberto ao diálogo com as categorias e já teve uma conversa inicial com os representantes dos sindicatos e movimentos assim que assumiu. Além de garantir a data-base em março, a atual gestão garantiu e honrou pagamento do reajuste de 9,38% a todos os servidores da educação e o pagamento das dívidas do plano de saúde para evitar o cancelamento do serviço.
Foto: Reprodução/TV A Crítica